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Rio Negrinho: ex-Secretário preso por acusação de desvio de dinheiro público comprou carro e celular para pastor e filha, aponta investigação; bens foram apreendidos pela Justiça em Piên


RIO NEGRINHO. O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Negrinho, realizou na manhã desta quarta-feira (13), uma diligência para o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Piên (PR), em nova etapa da Operação “Intraneus”, que investiga crime de peculato supostamente cometido pelo ex-Secretário de Finanças da prefeitura, preso em outubro.

Na ação foram apreendidos um SUV (Tracker 2022), avaliado em R$ 113 mil, e um aparelho celular. Os bens teriam sido comprados pelo investigado com dinheiro supostamente desviado dos cofres públicos da prefeitura de Rio Negrinho.

Conforme apurado durante as investigações e que culminaram nesta fase, os bens apreendidos na cidade paranaense foram presentes para um pastor e sua filha.

O investigado está preso preventivamente desde a deflagração da Operação Intraneus, realizada no dia 11 de outubro.

Alienação antecipada

Em novembro, em mais uma etapa da operação, a 2° Promotoria de Justiça de Rio Negrinho pleiteou a realização no processo da chamada “alienação antecipada” de todos os bens já apreendidos. 

A Promotora de Justiça Juliana Degraf Mendes explicou que “já foram identificados e apreendidos veículos, maquinário industrial, artigos de luxo e um imóvel, todos comprados pelo investigado com o dinheiro público desviado por ele. Estes bens não devem ficar parados aguardando o desfecho do processo, pois perdem seu valor econômico e se deterioram com o tempo”.

Ela reiterou que, “devido a isso, o Ministério Público ajuizou a chamada ‘alienação antecipada’, que significa a venda em leilão do que já foi apreendido. Os valores arrecadados no leilão ficam depositados em uma conta judicial e, com a condenação do réu, são devolvidos aos cofres do Município”. Até o momento, os bens apreendidos pela operação superam o valor de R$ 1,7 milhão.

Os veículos recuperados estão na garagem da prefeitura.

Denúncia

O MPSC, em outubro, por meio da 2° Promotoria de Justiça de Rio Negrinho, também já apresentou denúncia contra o servidor público pela prática de supostos 30 crimes de peculato. Os supostos crimes de peculato – que é o desvio de dinheiro público – e mais 25 possíveis crimes de falsidade ideológica teriam sido praticados entre setembro de 2022 e outubro de 2023. A Promotoria de Justiça estima ainda que os prejuízos aos cofres públicos superariam R$ 3,3 milhões.

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