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Rio Negrinho: conheça Angelita Duffeck Martins, uma das homenageadas na última edição do Aflorar deste ano


RIO NEGRINHO. Angelita Duffeck Martins foi uma das homenageadas na última edição do projeto Aflorar neste 2023. O evento aconteceu no Museu Carlos Lampe.

Desde 2018, a iniciativa acontece através de uma parceria entre a prefeitura e a Ornato Jardins, através da paisagista Ciliane Augustin e seu propósito é descobrir e destacar os munícipes da cidade que nutrem uma verdadeira paixão por flores.

Além da homenagem, eles levam mudas de plantas que tem em casa e plantam no jardim do Casarão Zipperer, que fica ao lado do Museu. A proposta é resgatar uma prática antiga, de troca de mudas e fortalecer a relação da comunidade com a história da cidade.

Nos encontros, eles também compartilham suas histórias de vida, em uma grande troca de experiências.

Neste ano, foram realizadas três edições do projeto, contemplando as estações de outono, inverno e primavera.

Na edição de novembro, as entrevistadas foram: Estefânia Lemek, do bairro Industrial Norte; Angelita Duffeck Martins, do bairro Vila Nova e Maria Helena Kwitschal com Dinarte Chaves Martins, representando a localidade do Butiá.

Quem é Angelita (texto escrito por Ciliane Augustin)

Na rua Barão do Rio Branco, número 451, no bairro Vila Nova, um chalé muito charmoso e com um jardim cheio de delicadezas, abriga a residência da professora Angelita Duffeck Martins.

Ela nasceu em 20 de agosto de 1969, filha única de Mafalda e Ademar Duffeck e sempre morou em Rio Negrinho, perto da família.

Segundo ela, nas lembranças guardadas no coração existem as visitas ao sítio dos avós na localidade de Ovelhas (PR), onde acompanhava com interesse os cuidados com a grande horta, e uma de suas alegrias era observar nas plantinhas os brotinhos novos que surgiam e as como elas se desenvolviam.

Havia sempre muita coisa acontecendo na natureza e também o que lhe chamava atenção eram os animais que sua avó cuidava: 16 gatos e muitos cachorros.

O tempo foi passando e a menina resolveu fazer Magistério. Mas seu primeiro emprego não foi como professora, mas sim como empregada doméstica.

Na época sua mãe ficou doente, fez um longo tratamento contra o câncer, sendo mais fácil conciliar os cuidados e atenção que sua mãe precisava com um trabalho com mais liberdade de horários. Foi nas casas onde trabalhou que também aprendeu muito sobre as plantas, pois ajudava a cuidar dos jardins.

Sua primeira suculenta ganhou da dona Lucia Righetto, e assim muitas outras mudinhas vieram e foram fazendo parte do seu jardim. Mesmo com toda dificuldade e os cuidados que a sua mãe precisava, elas juntas construíram o chalé em que Angelita mora hoje com o esposo Carlos e a filha, Maru.

As primeiras plantinhas que vieram foram as rosas brancas, os copos de leite e as gazânias. Também gerânios e malvas, uma flor que Angelita sempre gostou.

Depois de 2002, quando sua mãe faleceu, começou a trabalhar como assessora de docência e fez a faculdade de Pedagogia.

Hoje Angelita é professora no CMEI Vila Nova e leciona para uma turma de 13 alunos de até três anos.

Em 2006 conheceu Carlos Alberto Martins e em 2007 os dois começaram uma nova família. Além do jardim, a casa sempre teve espaço para os pets, pois Angelita sempre foi voluntária das causas animais e em 2016, juntamente com o Carlos e mais 10 pessoas fundaram a ONG Povo de Assis.

A entidade faz um trabalho muito importante e através da coleta de tampinhas plásticas conseguem recursos pra ajudar a manter muitos animais. E assim a família Duffeck Martins foi crescendo!

Mas foi em 2020 que se tornou ainda mais completa com a vinda da Maru. Maria Ruth Duffeck Martins, chegou na vida do casal seis anos depois que iniciaram o processo de adoção. Quando já estavam quase desistindo de esperar e pensando em sair da fila de adoção, veio a pandemia e acabaram não formalizando o pedido de desistência.

Em 17 de junho de 2020, em plena pandemia, uma menininha de dois dias chegou para trazer muito mais alegria à família.

Hoje o jardim do chalé está assim: na calçada da rua tem potes com água e ração para acolher os animais, e quando o portão abre quem chega é recebido pelo cheirinho do incenso que harmoniza com os dois corações dando boas-vindas.

No jardim em frente à casa há mini orquídeas compondo com casinhas de passarinho, também rosas e beijões colorindo o caminho.

Existem ainda arbustos e passadas no jardim, tem lisimáquias e uma gaiola com suculentas, tem um cantinho coberto para os gerânios e muita arte.

Na mesa da sala existe um vaso com as flores do jardim, compondo um lindo arranjo. Isso faz lembrar que o copo de leite é uma das flores preferidas da Angelita, e as que ela vai doar para o jardim do Casarão Zipperer.

Tem também um São Francisco na estante e muitos corações espalhados para deixar claro que cada canto contém amor. No jardim atrás da casa – onde os pets ficam – também tem flor, são as lavandas, as damas da noite, a duranta e as begônias.


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