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Comércio de Rio Negrinho pode ter calote de mais de R$ 3,2 milhões, diz Fetramesc

RIO NEGRINHO. A Federação dos Servidores Públicos Municipais – FETRAMESC – comunicou que está preocupada com o Projeto de Lei enviado pelo prefeito Caio Treml, que conforme a entidade pode encerrar as atividades do Sindicato dos Servidores na cidade.

De acordo com dados da federação, os funcionários públicos municipais tem R$ 3.257.700,00 em dívidas e parcelamentos abertos no comércio local, através do sindicato.

De acordo com a federação, nos contratos está explícito que o sindicato não é solidário às dividas dos servidores e caso seja fechado, serão os comerciantes do município os maiores prejudicados.

“Os comerciantes teriam que cobrar individualmente e até judicialmente os servidores devedores”, explicou o tesoureiro do sindicato, Mauricio Drevek.

O Presidente da FETRAMESC, Orlando Soares Filho, explicou que a Federação veio à Rio Negrinho entender a real situação.

“O sindicato tem uma função social muito importante, faz girar muito dinheiro no município, oferece médicos, dentista e plano de saúde para os servidores. Se tudo isso acabar, a grande maioria dos servidores terão que buscar o SUS, causando maior custo para o município, além de aumentar ainda mais as filas dos postos de saúde e do Hospital”, avaliou.

Sindicato ajuda a movimentar mais R$ 5 milhões no comercio local

A Federação destacou a importância do sindicato, denominando-a de fundamental para o comércio de Rio Negrinho, já que através da entidade mensalmente circulam cerca de R$ 450 mil em convênios, totalizando aproximadamente R$ 5,4 milhões no ano.

Adriana Bombassaro Zanella, tesoureira da Fetramesc, avalia que somente os impostos gerados pelos servidores no comércio pela intermediação do Sindicato dos Servidores de Rio Negrinho é infinitamente maior que a teoria de “economia” que o prefeito quer implantar.

O tesoureiro do sindicato explica que apesar dos números estratosféricos de entrada e saída de recursos, pouquíssimo fica para a entidade.

“É provável que a administração só veja os números e não consegue entender que entra R$ 450 mil e sai R$ 450mil todo mês. Nossa receita com convênios média é inferior a R$ 3 mil reais mensais”, explicou Maurício.

Conforme ele, boa parte dos convênios não paga nenhum centavo para o sindicato intermediar o desconto em folha dos servidores.

“Esse é o nosso compromisso, que o servidor público pague o menor valor possível nas suas compras. Nos maiores fornecedores – Superpão, Compre Mais, Posto Norte, Farmácia do Sesi e Unimed – o servidor recebe o desconto integral, sem nenhum retorno financeiro para entidade”, finalizou.

A proposta da prefeitura é que os servidores que se afastarem das suas funções para trabalhar no sindicato ou em outras entidades não recebam salário, cabendo à esses o pagamento, o que conforme o Sindicato dos Servidores seria inviável, por todos os motivos explicitados acima.

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