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Rio Negrinho: “se encerrou um ciclo de angústia, dor e sofrimento”, destaca advogada da família de Fernando de Albuquerque, vítima fatal de acidente provocado por réu condenado em júri 

Foto: Katia de Oliveira/ Nossas Notícias

RIO NEGRINHO. O júri que condenou Elias Mariozan Martendal a 20 anos, 7 meses e 15 dias em regime fechado, ainda ecoa no coração das famílias envolvidas e dos profissionais que trabalharam no julgamento que ocorreu nesta quinta (15), na Câmara de Vereadores. 

Dirigindo alcoolizado sentido Mafra/São Bento do Sul, ele provocou um acidente invadindo a contramão da BR 280, nas proximidades da Battistella, no dia 19 de dezembro de 2021. Seis pessoas ficaram feridas e duas morreram: Fernando de Albuquerque, carona no Punto dirigido por Elias e Alicia Bindemann, de 5 anos, que com sua família seguia para a festa de aniversário de sua avó em um resort em Itá. 

A advogada Juliana Sobreira, assistente de acusação que trabalhou representando a família de Fernando, que era veterinário em São Bento do Sul, conversou com a reportagem aqui do Nossas Notícias e falou sobre o resultado do julgamento. Nossa equipe também conversou com a mãe dele.

“Estou imensamente feliz com o resultado da condenação do réu. Se encerrou um ciclo de angústia, dor e sofrimento para as famílias envolvidas nesse caso. Posso finalmente dizer que a justiça foi feita”. 

Ela contou que durante todo o processo, o grupo trabalhou incansavelmente para reunir provas e argumentos para que o réu fosse devidamente punido pelo crime cometido. 

“Agora, com a sentença proferida, podemos finalmente respirar aliviados. Não há palavras para descrever a gratidão e alívio que sinto em saber que as famílias envolvidas poderão continuar suas vidas com ao menos a sensação de justiça feita. A condenação do réu é uma vitória não apenas para nós, mas para toda a sociedade, pois demonstra que a justiça é possível e funciona como forma de equilíbrio social, enfatizando que beber e dirigir é sim, um crime”.

Ela também deixou uma mensagem importante a todos os motoristas em especial. 

“Espero que a sentença imposta atue como um exemplo e sirva como uma sinalização para que todos pensem muito bem antes de dirigir após ter ingerido bebida alcoólica. É reconfortante saber que a justiça pode ser utilizada como forma de prevenção e que esses crimes não ficarão impunes. Em um momento tão difícil, quero deixar meus sentimentos mais profundos às famílias da pequena Alícia e Fernando. A partir de agora, vocês poderão seguir em frente com o luto de seus entes queridos, com a sensação de que a justiça foi feita!!!”.

Maria Lourdes Martins de Oliveira, que é viúva e tinha Fernando como único filho, também fez seus agradecimentos. 

“Às vezes dizer obrigado não é o suficiente para agradecer por isso. Quero agradecer as pessoas que participaram do júri popular do réu Elias Martendal. Agradeço a todos os jurados; ao Ministério Publico, que nos acompanhou nessa caminhada ao longo do tempo ( jamais nos abandonaram). Agradeço  também aos advogados Dra. Juliana, Dra. Camila, Dr. Cleber e Dr. Rodrigo, bem como ao juiz de direito, que jamais, em algum momento tiraram nossas esperanças de condenação do réu. Agradeço também a imprensa que fez as reportagens e a todos que me apoiaram neste momento”, finalizou.

Assista. Em maio ela contou detalhes sobre a parceria de vida com o filho, os últimos momentos antes do acidente, sua vida após a morte de Fernando e as expectativas com o júri. Veja no Facebook ou Instagram, clicando na imagem abaixo.

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