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[Parte 1] Empresas da região citadas em reportagem do Fantástico sobre suposto esquema de madeira ilegal

REGIÃO. As empresas Made Nobre, de Rio Negrinho, e Móveis Rudnick, de São Bento do Sul, foram citadas em matéria veiculada no domingo (04) pelo programa Fantástico, da Rede Globo. A matéria faz parte do projeto internacional Forbidden Stories – Projeto Bruno e Dom. A reportagem é resultado de uma outra investigação, sobre a exploração criminosa de madeiras nobres brasileiras em áreas de conservação. Assista clicando no link : https://globoplay.globo.com/v/11673090/

Segundo a reportagem, tudo começa em uma área de manejo florestal, onde a exploração de madeira pode ser feita, desde que o dono da terra tenha um plano detalhado e aprovado pelo órgão ambiental. Cada árvore tem um número – que é a identidade dela. Assim é produzida a madeira certificada e legalizada. Só que algumas árvores que nunca estiveram ali, são declaradas. O dominical da emissora carioca rastreou três cargas de madeira ilegal, que usavam créditos fictícios, da floresta até o destino final.

Uma das empresas apontadas como responsáveis por tal prática, a Vila Rica, do Mato Grosso, enviou, de acordo com a reportagem, uma carga de madeira (tauari) para a Made Nobre, em Rio Negrinho, também conhecida como Nobre Made. Essa carga foi recebida em 2021 e fornecida já na sequência à Móveis Rudnick, em São Bento do Sul.

O IBAMA esteve na empresa rio-negrinhense na última semana e encontrou quatro divergências, de acordo com a reportagem, onde foi entrevistado o responsável pela operação em questão e também ao longo do programa usados dados do Greenpeace, bem como ouvidos os envolvidos que aceitaram se manifestar.

A Made Nobre foi suspensa e está com atividades paralisadas até apresentar ao IBAMA documentos que comprovem que não tem madeira sem créditos e créditos sem madeira no estoque.

Na empresa foram encontrados também lotes com tábuas de Araucária, conhecida também como o “Pinheiro do Paraná”, espécie ameaçada de extinção. A empresa foi multada e a carga de Araucária apreendida pelo IBAMA e doada à prefeitura.

“A Made Nobre recebeu madeira da Vila Rica, onde tudo é ilegal, [a Vila Rica] recebeu crédito fantasma da Widia e da Ipê Roxo, para esquentar madeira da terra indígena zoró”, diz trecho da reportagem.

“Havia madeira ilegal da Vila rica nessa carga? Hoje a gente não consegue afirmar isso; com os meios que a tem fica muito difícil identificar qual a madeira legal e a ilegal”, diz o responsável pela fiscalização do IBAMA.

Ao programa, a Made Nobre afirmou, por nota, que compra madeira com documentos emitidos por empresas cadastradas no Ibama e com liberação concedida pelo órgão ambiental. A empresa nega que tenha madeira sem crédito ou crédito sem madeira.

Sobre a apreensão de araucárias, a Made Nobre diz que a carga era “proveniente de um evento climático e foi feito o aproveitamento da madeira, sem fins comerciais”. Na matéria seguinte à essa, você confere a entrevista da reportagem aqui do Nossas Notícias com a empresa, que se disse ainda enganada pelo fornecedor.

A Móveis Rudnick disse, também em nota, que preza pelas exigências legais para aquisição regular de madeira e que apoia as ações do Ibama e da Polícia Federal.

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