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Moradora conta que sofreu golpe de vendedores ambulantes em Rio Negrinho 

RIO NEGRINHO. Moradora do bairro Vila Nova entrou em contato com a reportagem do Nossas Notícias para fazer um alerta sobre um golpe que sofreu de vendedores ambulantes. Ela já registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia e enviou uma cópia à nossa reportagem. 

“Não sabemos que tipo de pessoas se tratam, então queremos manter nossa identidade em sigilo. Mas entendemos que precisamos alertar os demais sobre esse risco.É o tipo de coisa que não escutávamos aqui na nossa cidade, mas infelizmente esses bandidos estão vindo, até para as cidades pequenas”, lamentou.

O que aconteceu

De acordo com a moradora, no dia 27 de abril um casal de vendedores chegou em sua casa, oferecendo-lhe roupas de cama e panela de pressão. 

“Disseram que moravam em Canoas (RS) e tinham vindo para uma feira em Joinville (SC). Aceitei comprar dois jogos de cama por R$ 70,00 mas falei que não tinha o valor em dinheiro, somente no cartão”, contou.

Em seguida, conforme a moradora,a vendedora lhe pediu um cartão de crédito e ela lhe entregou um do Nubank. 

“A vendedora colocou o cartão em uma maquininha amarela, aparentemente do Pag Seguro, mas ao mesmo tempo, usou seu celular. Ofereceu o pagamento parcelado em 10 vezes e eu aceitei”, relatou.

Na sequência, ela disse que a vendedora alegou que o valor não passou, pois era muito baixo. Foi quando perguntou se a moradora tinha outro cartão.

“Voltei para casa, peguei e entreguei meu cartão de débito da Caixa Econômica Federal. Ela questionou se eu tinha conhecimento de que poderia fazer compras parceladas no débito, eu disse que não e entreguei o cartão, pedindo para que parcelasse então em 4 vezes”. 

A moradora falou que digitou a senha na maquininha e que novamente a vendedora alegou que a negociação não tinha dado certo mais uma vez. 

“Nesse meio tempo, ela falou que veio uma mensagem no celular dela, informando que a venda ia dar certo no cartão de crédito da Nubank. Ela colocou meu cartão na maquininha de novo, disse que faria em 4 vezes e eu digitei minha senha. Daí mostrou no celular dela – na maquininha não apareceu, pois o visor era muito escuro – que a operação deu certo e ficaram 4 parcelas de R$ 17,50”.

Na sequência, a moradora disse que a vendedora pediu seu número de telefone, dizendo que o produto tinha garantia de 3 meses e que se não gostasse, poderia devolver. 

“Questionei como iria entrar em contato e ela disse que estaria tudo especificado no meu telefone. Imaginei que enviaria alguma mensagem via whatsapp”.

A mulher se despediu e conforme a moradora, entrou no carro de forma meio apressada, dizendo antes que voltaria para vender cobertores.

“Alguns instantes depois, fui olhar no meu celular e não tinha nenhuma mensagem. Fiquei preocupada, já imaginando que poderia ser algum golpe. Até que no dia 30 de abril, conversei com meu filho e pedi que ele conferisse os detalhes da minha conta no app da Nubank”.

“Ele constatou que há duas cobranças em nome de uma mulher. Uma de R$ 70, aprovada às 16h51 do dia 27 (data e faixa de horário em que estiveram na casa da moradora). Tinha também outra cobrança de R$ 500, aprovada às 16h52 deste mesmo dia”.

Conforme a moradora, ela não tem conhecimento da segunda cobrança. 

“Em momento algum fui informada pela ‘vendedora’, sobre esse valor. Meu filho constatou também através do aplicativo que antes da minha compra de R$ 70, foram feitas outras três tentativas de compra não aprovadas, em meu nome, novamente no mesmo dia e faixa de horário em que o casal esteve aqui”.

“A primeira tentativa foi de uma compra de R$ 3,5 mil, às 16h45. A segunda, também não aprovada, foi de R$ 1,5 mil, às 16h51 e a terceira, de R$ 1 mil, também às 16h51”.

“Com isso, percebi que tratou-se de um golpe. Imagino que na primeira tentativa de compra com o cartão Nubank, a moça tenha visto eu digitando a senha e de alguma forma, durante a suposta venda, o casal tenha feito essas tentativas de compra no meu cartão, tendo conseguido aprovar uma falsa compra minha, no valor de R$ 500, sem meu conhecimento”.  

A moradora finalizou destacando que por sorte as outras tentativas de falsas compras em seu cartão não deram certo porque seu limite de crédito era baixo. 

“Acrescento que durante o atendimento que a moça fez, o rapaz permaneceu o tempo todo dentro do carro (um Uno antigo, vermelho) mexendo em outro celular. Infelizmente não anotei a placa e não gravei o nome da moça, mas não é o mesmo que aparece no extrato da fatura do cartão”.

Ela finalizou informando que já bloqueou os dois cartões e abriu um recurso junto ao Nubank, pedindo a recuperação do valor cobrado pelo golpe que ocorreu. Outra iniciativa que informou foi a busca por mais informações da loja que está identificada na máquina do cartão e que apareceu em seu extrato. Ela e o filho ainda estão buscando identificar a placa do veículo, a partir do vídeo original gravado pelas câmeras de uma residência da rua. 

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