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Rio Negrinho: condenados pela morte de Guilherme Gugelmin cumprirão penas diferentes 

Na foto, Felipe dos Santos Veiga, de blusa cinza, aguardando ser conduzido à prisão

RIO NEGRINHO. Após cerca de seis horas, o resultado do júri popular realizado hoje (07) na Câmara de Vereadores, deu destinos diferentes a Felipe dos Santos Veiga e Cleiton Borges, envolvidos na morte de Guilherme Gugelmin no dia 16 de novembro de 2018, em frente ao Posto Naceo, localizado em trecho da BR 280 que passa pelo bairro Vila Nova. 

Felipe foi autor dos tiros que atingiram a cabeça e o tórax da vítima, na época com 25 anos. De acordo com os autos, os dois tiveram um desentendimento, Felipe saiu para buscar uma arma e voltou acompanhado de Cleiton, que lhe levou de moto até uma praça que havia próximo ao posto. 

De lá, foi até o local e surpreendeu Guilherme com os disparos. Além disso, um dos tiros atingiu o estabelecimento ao lado do posto, bem como um veículo ali estacionado, o que foi comprovado no laudo pericial. 

Em sua manifestação no júri, ele confessou o crime e acabou condenado a 12 anos de reclusão por homicídio, em regime inicial fechado.

Após o crime, já em 2018, Felipe chegou a ser preso preventivamente, depois foi solto e ficou com tornozeleira mas foi preso novamente. Da prisão aguardou o júri de hoje. Ele tem mais dois processos em curso em Rio Negrinho, pelos quais pode ser condenado novamente no  futuro. 

Cleiton 

Já Cleiton alegou que Felipe apenas lhe pediu que o levasse até o posto e lhe esperasse para lhe levar embora. O réu garantiu que não imaginava que Felipe tinha intenção de matar Guilherme. Ele também disse que não viu nem ouviu o barulho dos disparos porque estava no celular e só horas depois dos fatos, soube através de uma publicação do Nossas Notícias, que Guilherme havia sido assassinado.

Acabou condenado a 4 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão, em regime aberto, por participação de menor importância no crime. Desta forma, a partir de hoje está em liberdade com algumas restrições e não precisará mais usar a tornozeleira eletrônica. Cleiton usava o dispositivo por estar em prisão preventiva, medida proposta pela Polícia Civil – que na época, em poucos dias elucidou o crime – e acatada por decisão judicial.

Além dessas penas, Felipe e Cleiton foram condenados a pagar uma indenização de R$ 100 mil à família de Guilherme, à título de indenização por danos morais. Conforme a sentença do juiz Rubens da Silva Neto, o valor deverá ser pago de forma solidária pela dupla. Caso isso não aconteça, a família da vítima poderá exigir o recurso judicialmente, gerando um novo processo.

Atuaram também no tribunal do júri, além dos próprios jurados, que são pessoas da comunidade: a promotora de Justiça Juliana Degraf Mendes e os advogados Luiz Antônio Novaski e Patrícia de Souza Hoffmann (os dois representando os acusados).  

O que disse a promotora

“O julgamento ocorreu dentro da expectativa do Ministério Público, houve uma proporção das penas e todas as teses apresentadas pelo Ministério Público foram acatadas pelos jurados. Em relação ao segundo réu o próprio Ministério Público já havia requerido que houvesse uma diminuição de pena em uma certa fração porque ele teve uma participação menor no crime, isso para que houvesse penas justas para cada um deles”, declarou à reportagem do Nossas Notícias, que acompanhou no local todo o júri, do início ao final.

A mãe de Guilherme

A reportagem do Nossas Notícias conversou com a mãe de Guilherme. Bastante abalada, ela disse que irá se manifestar posteriormente sobre o final do caso.

Cleiton com a palavra 

“O resultado foi justo, graças a Deus. Fazia três anos e pouco que eu estava usando tornozeleira. Tenho três filhas, a mais velha com 4 anos, agora é trabalhar e cuidar delas”, comentou com a nossa reportagem antes de sair da Câmara, acompanhado da família, conforme a imagem abaixo.

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