RIO NEGRINHO. Há cerca de oito dias publicamos aqui sobre uma infestação de lesmas em um trecho da linha férrea, no centro da cidade. As imagens em vídeo foram repassadas por um seguidor, que relatou que se surpreendeu ao, sem querer, pisar nos animais.
A matéria que publicamos, ainda contou ainda com uma explicação do especialista Stanley Viliczinski sobre o que tem motivado a proliferação de lesmas. A publicação, por fim, teve vários comentários nas redes sociais, de moradores relatando enfrentar o mesmo problema. Muitos também questionaram qual a melhor forma de afastar o animal.
De acordo com Deoclécio Pacheco, engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura, com quem nossa reportagem conversou na manhã de hoje (1°), o cal é a forma mais eficaz e barata de controlar as lesmas.
“Elas se proliferam entre lenhas, telhas e materiais e locais que contém umidade. Também se alimentam de material em decomposição, como folhas e restos de comida. Por isso é recomendado fazer a limpeza do lote ou dos locais onde elas ficam e no entorno, colocar cal virgem ou hidratado”, recomendou.
Pacheco frisou que não se deve colocar o cal em cima das lesmas, pois segundo ele, o cal já afasta os animais.
“Esses animais tem ventosas que são úmidas e andam normalmente à noite. Mas quando dão um passo em cima do cal, recuam porque esse produto gruda nas ventosas delas, impedindo completamente que continuem transitando para outro local”.
Além do cal, ele também recomendou que as lesmas sejam colocadas em um saco.
“A pessoa as fecha no saco e deixa na rua, de preferência no sol. Depois que eles morrem, basta abrir o saco e enterrá-las na terra para que entrem em decomposição, sem prejudicar o meio ambiente”.
O especialista enfatizou que há outros produtos químicos que tem a proposta de eliminar as lesmas, porém não são indicados.
“Essas substâncias podem contaminar água, pessoas e animais, então é melhor evitar. Tem quem use sal também, ele ajuda mas não muito”.
Para quem mora no perímetro rural ou na cidade em local que tenha pátio, ele recomendou a criação de angulistas, que são algumas das predadoras das lesmas.