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Ricardo Rudnick conta a história de força e superação da mãe, Renilda

Mais uma história emocionante que destaca a força da mulher neste mês especial!!! Hoje publicamos aqui a homenagem de Ricardo Rudnick para sua mãe, Renilda.

Em um breve relato, ele contou a trajetória dessa professora, que é exemplo de força e superação para todos nós. Confira e inspire-se!

“Minha mãe nasceu em Luzerna (SC). Por acaso, foi a primeira criança nascida na recém inaugurada maternidade da cidade. Filha de mãe muito jovem e sem condições para criá-la, acabou sendo adotada por um casal de São Bento do Sul.

Eles estavam morando em Luzerna, a mulher não podia ter filhos, soube da criança recém nascida, procurou sua jovem mãe e se apaixonou pela bebê, vindo a adotá-la no mesmo dia. O casal em questão são meu opa, Rodolfo Rudnick e minha oma, Regina Rudnick.

Depois de algum tempo a família veio para Rio Negrinho. Em 1964 meu opa faleceu, minha mãe tinha apenas 7 anos na época. Não foi fácil para ela e para minha oma. Mas mesmo sem marido e pai, elas não deixaram de lutar.

Minha oma fazia faxina e foi empregada na casa de muitas famílias de Rio Negrinho. Minha mãe, desde pequena ajudava nas tarefas do lar.

Com 12 anos minha mãe teve seu primeiro emprego. Ela era faxineira do hospital de Rio Negrinho. Estudava de manhã e trabalhava a tarde, para ajudar na renda da casa.

Também trabalhou na Condor, no posto da extinta Telebrás e por muitos anos na Ceramarte, como telefonista. Foi nesta empresa que onde conheceu meu pai Adão e formou sua família.

Como ela conta, naquele tempo, quem não tinha dinheiro só podia estudar até a 8ª série. O segundo grau, somente famílias com melhores condições financeiras tinham acesso, por isso, ela acabou parando de estudar, pois cursar a 8ª série foi até onde deu.

Mas mesmo assim, ela trabalhava e fazia cursos. Infelizmente seu sonho de ser professora, teria de esperar. Na verdade, era um até logo, mas não um adeus. Isso porque a força de vontade de vencer e o sonho de estudar, continuavam vivos e cada vez mais fortes em seu coração.

Com 32 anos minha mãe recebeu o convite de uma amiga, era para fazer a antiga escola itinerante, hoje EJA, onde poderia concluir seu segundo grau, cursando aulas a noite e em menos tempo. Apesar de agora ter dois filhos, um de 9 e outro de 1 ano, ela, com apoio do meu pai, topou o desafio e não parou mais.

No ano seguinte, após concluir o terceiro ano do então segundo grau, fez vestibular para Ciências com ênfase em Licenciatura Matemática Plena pela Acafe e conquistou o 3° lugar no vestibular.

Fez sua matrícula e por 5 anos, após trabalhar 8 horas por dia como telefonista na Ceramarte, todas as noites ia até Mafra em busca do seu objetivo de infância. Também fez uma pós graduação e lecionou na rede municipal e estadual por quase 20 anos.

Hoje aposentada, é voluntária na Casa da Amizade, adora jogar poker e bingo online. Continua sendo uma super mãe, avó e amiga.

Essa é Renilda Maria de Fátima Rudnick, minha mãe. E nós, sua família, morremos de amor e orgulho da senhora!”.

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