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“Buscas foram de nível extremamente elevado”, conta bombeiro sobre o caso de Lamya Seleneca, que continua desaparecida 

CAMPO ALEGRE. Os bombeiros suspenderam ontem (20) as buscas pela senhora Lamya Seleneca, que continua desaparecida desde a quarta-feira (12), por volta das 14h, da comunidade de Nova Galiléia. Ela tem 62 anos, é diabética, tem Alzheimer e fala somente árabe e inglês. 

Acionados na quinta-feira (13), às 19h, eles iniciaram as buscas no mesmo momento e após inúmeras verificações sem sucesso, seguem com a hipótese de que a ocorrência deixou de ser de uma pessoa perdida e passou para a de pessoa desaparecida. O caso foi repassado à Polícia Civil, que prosseguirá com os devidos procedimentos.

Em virtude da complexidade do caso e de toda comoção que tem naturalmente causado, nossa reportagem pediu que o cabo Canever, binômio e condutor da cão Leia e que atua em toda região em casos como esse, compartilhasse com nossos seguidores detalhes do extenso trabalho. Confira! 

“Nessa busca por se tratar de ambiente rural, foram usados cães de busca e resgate, equipes especializadas a pé, viaturas e drones, isso tanto para levantamento de informações e quanto para descarte de possíveis áreas de mata e plantações onde a senhora Lamya pudesse estar. 

Foi um trabalho de nível extremamente elevado, pois aconteceu numa região de mata, de reflorestamento, de campos agrícolas e com diversas irregularidades no terreno, havendo uma extensa área de busca mista de diversas estradas e acessos que atravessam o município, levando inclusive à divisa com o Paraná. 

Durante os dias de início de busca tivemos uma variação climática bem brusca. Trabalhamos sob temporais com fortes chuvas até mesmo com sol e calor escaldante. Esse calor faz com que nossos cães, ainda que muito bem treinados e em plena forma física, sintam fadiga e as fortes chuvas podem apagar pequenos vestígios como pegadas. 

Eu e a Léia, meu cão de busca, seguimos varrendo toda área de mata e vegetação desde a residência de dona Lamya até as proximidades dos locais onde foram localizados os últimos vestígios e avistamentos dela. 

A diferença dessa busca para outras que já efetuei foi o histórico de Alzheimer da senhora e as características adotadas em seu comportamento e desaparecimento. O tempo em que encontrava-se desaparecida antes do acionamento do Corpo de Bombeiros tornou bem dificultoso o início das buscas e a tomada de informações e depoimentos da vizinha com relação a avistamentos dela. 

Como atuo como binômio, eu e meu cão trabalhamos durante toda a manhã, tarde e noite procurando evidências de que a senhora poderia ter passado pelo local.

Sempre trabalhamos com uma expectativa alta, de localizar a vítima com vida e sadia pois conhecemos de perto a dor e sofrimento que a família passa dia após dia, enquanto não localizamos vestígios ou a própria vítima.

Trabalhamos sempre aflitos mas sempre focados no serviço e nas buscas. Mas quando já não temos mais evidências e área de mata para percorrer, a busca acaba se tornando mais de caráter investigativo e como não sabemos quando haverá outra busca temos que manter nossos cães descansados e prontos para novas missões ou até mesmo prosseguir com esta, caso surjam novas informações”.

Cabo Canever, na foto abaixo

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