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“Projeto deu mais vitalidade para os alunos, para suas famílias e para mim também, depois de todos os desafios enfrentados durante a pandemia”, conta Andréia Siqueira, uma das vencedoras do Prêmio Professor Destaque de Rio Negrinho

RIO NEGRINHO. A “Árvore da Esperança”, projeto realizado pela professora Andréia Siqueira de Andrade Dias com 15 alunos do 5° ano da Escola Irene Olinda Teifke Ribeiro, foi uma árvore de papel, colada em uma parede. 

Poderia ser “mais uma árvore” ou simplesmente “mais um projeto”. Mas a iniciativa foi além e impactou diretamente na turma, nas famílias dos alunos e, sim, na vida da professora também! 

Não por acaso, foi um dos projetos que recebeu neste ano o Prêmio Professor Destaque de Rio Negrinho, uma iniciativa da professora e vereadora Alessandra Cristofolini, transformada em lei após votação por unanimidade pelos demais vereadores. 

“Na sala os alunos tinham dificuldade em colaborar uns com os outros. Então decidi trabalhar a empatia através da Árvore, o que envolveu questões de Ensino Religioso, Língua Portuguesa e Geografia”, explicou à reportagem do Nossas Notícias. 

Na sequência, Andreia contou que enviou uma atividade para os alunos fazerem com os pais. 

Juntos, eles elaboraram uma mensagem positiva para pessoas que tinham perdido alguém da família para o Covid. Cada família também enviou uma foto de um momento especial que viveu. O resultado foi realmente impactante, conforme a professora. 

“Tem umas cartas que se você ler, você chora. Desta forma, os objetivos de trazer a importância do eu, do você e de valorizar o outro apesar das diferenças, foram alcançados”. 

E porque uma árvore para representar o projeto? 

Andreia explicou que a escolha foi baseada no significado das árvores. 

“Mesmo sozinhas na natureza, as árvores estão sempre dispostas. Elas sofrem as ações do vento, do frio, ficam sem as folhas, sem as flores, mas no fim estão sempre firmes diante de qualquer desafio”. 

E de manter-se firme diante das intempéries da vida é um assunto que Andreia também entende bem. 

“Esse foi um ano bem vitorioso para mim! Meu pai teve um infarto, eu tive Covid, depois início de um câncer no útero. Quando comecei a fazer a árvore, fiquei bem balançada, pois estava num momento difícil. Mas posso garantir que esse projeto trouxe vitalidade à mim também, não foi só uma questão de sala de aula. Foi de trabalho em que reforçamos junto a união e a força!”.

E toda essa emoção, Andreia expressou quando recebeu o prêmio na cerimônia no Centro de Excelência. 

“Passou um filme na minha cabeça! Eu nem sabia que ia receber R$ 500 também! Decidi direcionar esse valor aos alunos, para uma surpresa no encerramento de ano e na formatura do Proerd, que vão acontecer no mesmo dia”.

Ela finalizou frisando que aprovou a ideia do prêmio e que pretende desenvolver outra ação em 2022. 

“Foi muito legal essa iniciativa! O projeto desse ano, desenvolvi antes de surgir a notícia da premiação. E já vou pensar em um projeto bem legal para impactar nas crianças no ano que vem. Percebi que com a Árvore as famílias foram impactadas também. E seguiremos assim: plantando sempre as boas sementes!”. 

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