Nossas Notícias

“A arte na Educação Infantil tem que ser uma experiência”, destaca Andrea Pilatti, uma das vencedoras do prêmio Professor Destaque de Rio Negrinho

RIO NEGRINHO A professora Andrea Pilatti, do CMEI São Pedro, respira arte. Essa é a primeira impressão que nossa reportagem teve ao conversar sobre o prêmio que recebeu neste ano por seu projeto “Investigação na Infância: os sentidos da Arte”. E, sim, essa constatação inicial se tornou uma certeza, pois ela também inspira arte!

Andrea foi uma das vencedoras do prêmio Professor Destaque de Rio Negrinho, idealizado pela professora e vereadora Alessandra Cristofolini, que teve a iniciativa aprovada como um projeto de lei, obtendo apoio de todos os demais parlamentares. 

À nossa reportagem, ela contou que o projeto começou antes mesmo do anúncio da premiação, ainda quando o ensino era remoto e estendeu-se depois para as aulas presenciais. O envolveu alunos do Berçário, Maternal e Nível 1, sendo aproximadamente 40 crianças.

“Procurei focar no sentido da arte, pois na Educação Infantil a Arte tem que ser vista como uma experiência, é como se fosse um território de investigação mesmo”.

E Andrea caprichou nas investigações com os pequenos! Rsrsrs Buscando que eles explorassem todos os sentidos, ela criou uma música para o projeto e levou para a sala materiais alternativos e surpreendentes, como um pincel de gravetos, por exemplo.

“Trabalhei muito a questão da materialidade com argila, sementes, … Com os bebês trabalhei com caixas, bolinhas de crochê, diversos tipos de papeis. Ainda levei para as salas pinceis diferentes, sementes de girassol, diferentes tipos de papéis e plásticos, argila, macarrão, barro, ..m Trabalhei a pigmentação natural, com eles colorindo com ‘tintas’ do pó de café, pó de açafrão e outros. Tudo coisas simples mas que confirmam que a arte é realmente uma alquimia também. Por isso busquei o máximo de materiais diferentes para eles explorarem e não só aqueles padrões”.

O arco dos sentidos, feito de papelão e que as crianças colocavam na cabeça foi outro destaque da iniciativa. E dentre os inúmeros trabalhos, a professora contou o que mais lhe emocionou.

“Foi uma sensação incrível ouvir as crianças cantando ‘o que eu sinto com as minhas mãos’ e tocando nos materiais. Isso mexeu muito comigo pois via que a criança estava conseguindo relacionar a música através da audição e o tato, por exemplo. Gosto muito de associar a música ao conteúdo”.

Em função da pandemia, ela disse que o trabalho exigiu um formato diferenciado, com muitos cuidados, como os materiais que não podiam ser compartilhados, por exemplo.

E na avaliação final, ela considerou que as atividades também ajudaram as crianças a superar alguns receios. 

“Notei bastante que muitos tem um certo medo de tocar nos materiais, de descobrir, de explorar. Por isso considero que os objetivos foram plenamente atingidos pois a Arte tem também que ser um território de investigação”. 

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram