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Exposição de fotos na TV da Vitrine da Cimo conta a história da empresa em Rio Negrinho

RIO NEGRINHO. A Vitrine da Cimo, no centro da cidade, entre a chaminé e o Terminal Urbano é por si só um espaço diferente. Sem dúvida, um convite para aquela pausa que todos precisamos, para descansar o corpo e a alma.

Ali, dentre flores e um pergolado, é possível também conhecer a história daquela que não só foi uma das maiores empresas do município como também uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento de Rio Negrinho, tanto econômico quando social e cultural.

Sim, estou falando da Móveis Cimo! E agora, além dos móveis e suas histórias, quem ficar no lado de fora também, pode assistir a uma “novela” da história da empresa, que passa em um televisor de 64″, instalado dentro da vitrine.

A “novela” é um apelido carinhoso para a exposição de fotos que roda na TV, 24 horas por dia, todos os dias. No total, 202 fotos restauradas em sua maioria pelo fotógrafo Bibi Weick (uma referência na cidade e região), contam as diversas fases da história da Cimo, entre a década de 30 até a quase a década de 90.

Nesse período, o público poderá conferir ( e em alguns casos até relembrar ) períodos que passam pelo início dos trabalhos na Cimo; o auge da empresa, que chegou a ser uma das maiores do setor de móveis da América Latina, até o final das atividades, marcado por pela venda para o grupo Luftala.

“Tem uma foto ali, que a fábrica já está em ruínas, uma imagem que realmente remete à um cenário de guerra”, comentou Weick à nossa reportagem.

Ele destacou também que uma grande parte das fotos originais da Cimo acabaram se perdendo em uma das enchentes da cidade. As imagens foram registradas por seu pai, Paul Erich, fotógrafo que acompanhou Martin Zipperer, um dos donos da empresa, por muitos anos, além dos irmãos de Bibi, que também fotografavam.

“Eu comecei a fotografar bem depois. Mas são fotos que representam muito, não só para mim, mas para várias gerações da cidade”, citou.

“A apresentação foi dividida em grupos: fotos de pátio; aéreas; comparativos históricos; transporte e sociais, de pessoas e grupos e eventos, pois a Cimo promovia aqui espetáculos de balé, teatros e outros. As do grupo de transporte mostram os carroções e caminhões no meio do mato, as toras de madeira… O seu Martin gostava que fosse registrado tudo, desde jardins, processos, obras …”.

Questionado sobre qual das mais de 200 fotos lhe marcou, Bibi explicou que é a foto de onde ficava o prédio principal da Cimo.

“Me identifico muito com aquela imagem, pois quando crianças brincávamos também naquele espaço. Escondidos, claro, mas nos divertíamos muito”, lembrou.

“Esse prédio era visível da minha casa (que fica na rua Senador Nereu Ramos). Onde hoje é a Vila Gastronômica, antes era um pátio de secagem de madeira, tinha imbuias que ficavam dez anos secando. São muitas recordações”.

A ideia do projeto, conforme Bibi, foi de algumas pessoas que sabiam do acervo que ele tem em casa e sugeriram que ele disponibilizasse o material para exposição.

Para que o trabalho – que foi contemplado com recursos da lei Aldir Blanc – fosse realizado, Bibi frisou que contou com o apoio do artista Valdemar Staffen; do arquiteto William Pscheidt; da arquiteta e servidora da Secretaria de Planejamento, Daniele Cantuária e de Eloize Kamei, arquiteta da prefeitura.

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