RIO NEGRINHO. Uma realidade enfrentada já principalmente nas famílias, o conflito de gerações ultrapassou os limites da vida pessoal, passando a ser também um desafio em empresas de todos os portes.
Afinal, muitas vezes em um único setor apenas convivem pessoas de diferentes gerações: com mais de 50 anos, na faixa dos 40, o pessoal dos trinta anos e a nova geração, na faixa dos 20 anos ( até menos em algumas situações).
Fora isso, há ainda os encarregados, gerentes, diretores e os próprios proprietários. Todos com visões de mundo e valores cultivados de acordo com sua época.
“Não tem como não haver conflito juntando essa turma toda convivendo no mesmo local durante horas, todos os dias”, comentou Jacqueline Rezende, especialista que ministrou mais um módulo do Programa de Gestão e Vivência Empresarial para empresários da cidade.
Professora em diversas escolas de negócios e universidades do Brasil, ela falou um pouco sobre o perfil de casa geração, seus costumes e as formas como lidam com as emoções.
A especialista evidenciou em especial as características da nova geração, que é totalmente tecnológica, capaz de fazer muitas atividades aos mesmo tempo e bastante aberta à diversidade.
“Precisamos colocar os nossos pré-conceitos de lado para entender o outro, inclusive na empresa. Temos que entender as limitações também, de cada geração. De forma geral, independente da idade, todas as pessoas estão muito reativas. Precisamos parar esse processo para criar vínculos, para desenvolvermos outras habilidades em nossos relacionamentos no trabalho e na vida pessoal. Neste sentido, minha pergunta é: que tipo de elo você está firmando com as outras pessoas ao seu redor?”.
Jacqueline enfatizou também que as empresas e suas equipes precisam se preparar para conversar com vários públicos, o que inclui os próprios colaboradores, fornecedores e o cliente final. O auto conhecimento também foi apontado como uma característica importante pela especialista.
“Se você se conhece, também conhece e reconhece o outro. Por isso também sempre destaco que na empresa, é importante que todos mantenham sempre o interesse por aprender. Então, não contrate pessoas prontas, contrate pessoas que queiram aprender também”.
Ela ainda recomendou o filme “Um senhor estagiário” e apresentou uma mensagem para reflexão do grupo. O texto, conforme Jacqueline, evidencia o quanto neste momento, as pessoas estão reativas.
CHEGA DE REAGIR!
As pessoas não fazem o que você quer, você explode.As pessoas não te ouvem, você grita.
As pessoas não te entendem, você se vitimiza. As pessoas não o amam, você se exclui.
As pessoas te hostilizam, você devolve na mesma moeda. As pessoas não te reconhecem, você fica magoado.
Lhe esquecem, você cobra! As pessoas querem a mudança, você entende como crítica. As pessoas estão mudando, você as julga.
E aí?
Vai continuar burro emocionalmente?
Ou vai desenvolver a sua inteligência emocional?
Vai continuar apenas reagindo ou vai agir emocionalmente equilibrado?
Pense nisso!
Jacqueline Rezende é Mestre em Administração, tem MBA em Negócios em Gestão de Pessoas, MBA Americano em Inteligência Empresarial pela Ohio University USA, Negociação Avançada pela Universidade de Harvard-USA, Pós-Graduação em Administração de Empresas pela UNA, Pós Graduação em Docência do Ensino Superior pela FIJ. Especialista em Liderança, Comportamento Humano e Comunicação Eficaz, com formação internacional junto a ICC e pela SBC. Atua como Especialista em Carreira, professora e palestrante.