Nossas Notícias

“O que te aprisiona?” foi tema de instalação da artista rio-negrinhense Marlete Dums em Joinville

RIO NEGRINHO . Marlete Dums é uma das artistas plásticas rio-negrinhenses que participou da exposição coletiva da Associação de Artistas Plásticos de Joinville (AAPLAJ). O trabalho fez parte de um projeto da FAAPSC (Federação das Associações de Artistas Plásticos de Santa Catarina) que congrega além da AAPLAJ, outras cinco associações.

Ela falou ao Nossas Notícias sobre sua proposta na exposição, onde apresentou a instalação “O que te aprisiona?”. A artista conta que sua ideia foi a de passar para as pessoas como é difícil mudar padrões e crenças e como somos cobrados pela sociedade para seguir um determinado padrão, sendo que aquele que faz diferente dos outros às vezes é julgado.

“Muitas vezes quem quer ser diferente não consegue, às vezes é punido e questionado”, cita.

A obra

“Tratam-se de folhas plátano, todas coloridas. Pintei as folhas, quis trabalhar com esta demonstração que as folhas também crescem e vivem seu propósito assim como o ser humano. A ideia foi mostrar que todos os seres humanos são iguais em sua essência, mas cada um vive da sua maneira”, comenta ainda a artista.

Marlete falou também que considera que muitos usam máscaras, o que considera bem forte mas define aqueles que se escondem atrás de “uma camada” para não mostrar como são de verdade.

“Tem uma folha na parede que quer dizer que já está saindo da caixa e se libertando dos padrões e crenças limitantes e algumas no chão, simbolizando que já se livraram destes impedimentos”, frisa Marlete.

A artista frisou também que o objetivo é fazer as pessoas pensarem no processo de evolução do ser humano, na questão da igualdade, dos valores e da essência.

“Nascemos, crescemos e queremos voar, mas muitas vezes somos aprisionados por padrões, crenças e valores que carregamos e que a sociedade nos impõe, assim permanecemos dentro da caixa”, sugere.

“Somos todos seres iguais da mesma matéria, porém, cada um com sua individualidade. Há semelhança do ser humano com as folhas, pois elas também nascem, crescem e cada uma se transforma conforme seu propósito. O significado da folha de plátano é ensinar a alcançar nossos objetivos e realizar sonhos”, opina ainda a artista.

De Rio Negrinho, além de Marlete, participaram da exposição: Valdemar Staffen, Elizia Mazon, Inês Pauslaski, Niralce Zchoerper. A artista Astrid Lindroth fez a curadoria dos trabalhos dos artistas do Grupo de Artistas Plásticos (GAP) de Balneário Camboriú

Sobre a artista

Marlete Dums é graduada em Artes Visuais pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci, Uniasselvi. Atua como artista plástica, professora de pintura e desenho em seu atelié há 15 anos. Participou de vários eventos culturais e exposições no Brasil e no exterior.

É associada à Associação Rio Negrinho de Artistas Plásticos (ARNAP) desde a sua fundação. Foi presidente da associação entre 2009-2011, na gestão 2019-2021 e foi reconduzida recentemente ao cargo para um novo mandato para o biênio 2021-2023. Marlete também faz parte do Conselho de Cultura e da Academia de Letras do Brasil, Seccional Rio Negrinho.

A exposição da FAAPSC contou ainda com trabalhos de 30 artistas plásticos de cidades catarinenses cujas associações são filiadas à federação e aconteceu até 17 de outubro em Joinville, no Centro Cultural Antártica.

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on telegram
Telegram