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Depois de cinco anos de trâmites burocráticos junto ao governo, foi assinado convênio para restauro do Casarão Zipperer, um dos cartões-postais de Rio Negrinho

RIO NEGRINHO . O Casarão Zipperer, imóvel construído entre 1919 e 1924 e que serviu de moradia a Jorge Zipperer, além de abrigar pelos últimos anos o Museu Municipal Carlos Lampe, será recuperado, reformado e revitalizado. Para tanto o prefeito Caio Treml (PL) assinou na última semana o convênio com a Caixa Econômica Federal.

O Casarão, que é patrimônio histórico da cidade, receberá investimentos na ordem de R$ 317.160,36, sendo R$ 292.500,00 de repasse do Governo Federal e R$ 24.660,36 de contrapartida do município. Os trâmites burocráticos para a obra se arrastavam desde 2016, ano em que a proposta havia sido cadastrada.

Naquela época o convênio não chegou a ser celebrado por falta da Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP).

“Esse é um importante bem para nossa cidade, diz muito sobre a formação de Rio Negrinho e do nosso povo”, destacou o prefeito rio-negrinhense durante a assinatura do convênio.

O município havia pleiteado junto ao Ministério do Turismo um convênio para recuperação do Casarão, tendo o pedido sido concedido pelo próprio Ministério. Porém, depois de realizado o convênio, não foi possível a liberação dos valores, em razão da Caixa Econômica Federal exigir a documentação pertinente e mencionar que o município possuía pendências quanto a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP), que estava vencida.

A emissão da certidão não foi possível devido ao fato de que a administração 2013/2016 deixou de renovar a certidão do CRP dentro do prazo legal no final de 2016. Ao assumir a prefeitura em 2017, a gestão teve conhecimento da situação e e regularizou a CRP.

Depois da posse da certidão solicitada à administração que finalizou a gestão em 2016, com Alcides Grohskopf, a prefeitura, já na administração de Júlio Ronconi, informamou o Ministério do Turismo e Caixa Econômica que já se encontrava com a certidão.

No no entanto, foram informados naquela época que não era possível a celebração do convênio. Diante disso, em junho de 2017 a prefeitura ingressou com mandado de segurança junto a Justiça Federal, pleiteando a celebração do convênio, tendo êxito na demanda em primeira e segunda instância.

Fechado desde 2019

O Casarão foi construído por Jorge Zipperer no início da década de 1920, para servir de moradia. Em 1998, foi tombado pelo Patrimônio Histórico de Santa Catarina, por conta do seu modelo construtivo – inovador para sua época. A partir do tombamento, o prédio passou a ser de responsabilidade da Prefeitura que já àquela época observou problemas estruturais na edificação.

Desde então, várias medidas paliativas foram tomadas, com o objetivo de manter a estrutura original. Porém, como é feito em madeira, vários pontos apresentam cupins e brocas, que enfraqueceram as fibras da madeira em alguns pontos. Desde 2019 o local está fechado a visitação pública e parte de seu acervo acabou sendo realocado para um imóvel na rua Roberto Martin, onde fica o Museu Carlos Lampe.

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