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Professores ACT’s do Ensino Remoto da região questionam retorno das aulas presenciais nas escolas do estado

Professores ACT's questionam retorno das aulas presenciais nas escolas estudais em Santa Catarina.

Leia também: “Não se cogita a possibilidade de demitir professores ACT’s do Ensino Remoto em virtude do retorno das aulas presenciais nas escolas do estado”, garante Coordenadora Regional de Educação

Um grupo de professores ACT’s (Admitidos em Caráter Temporário ) do regime remoto de escolas estaduais da região entrou em contato com a reportagem do Nossas Notícias hoje para questionar a confirmação do retorno das aulas presenciais de forma gradual em Santa Catarina.


Segundo eles, o anúncio surpreendeu a classe e também alunos e pais, que tem procurado entender a situação.


“Muitos estão questionando esse retorno, tendo em vista que os alunos nem estão vacinados ainda, condição imposta anteriormente já pelo próprio governo para que essa retomada acontecesse de forma segura”, comentaram.


Eles também argumentaram que ainda que haja uma aceleração na vacinação, seria preciso que os alunos aguardassem 28 dias para que a dose fizesse efeito para daí, sim, eles voltarem em segurança à sala de aula.


“Sem contar que os alunos do remoto vão voltar para a escola de origem completamente contra sua vontade, tendo em vista que suas famílias (no caso dos menores) assinaram um termo optando pelas aulas online até o final do ano”.


Para os professores, a motivação da medida é financeira e teria o objetivo cortar gastos por parte do governo do estado já que, segundo eles, o retorno das aulas presenciais pode provocar uma demissão em massa de ACT’s.


“Nós, professores admitidos em caráter temporário, estamos num impasse, pois a essa altura do ano não conseguiremos mais vagas no Estado, pois elas são bem limitadas. Até o final de outubro há uma lei que nos garante estabilidade, mas depois, vamos fazer o quê? Assinamos contratos de trabalho até 22 de dezembro e contamos com isso”.


Outra questão apontada por eles é a da possibilidade dos polos de ensino remoto fecharem com a retomada gradual dos alunos para o regime presencial, o que faria com que os ACT’s perdessem o direito de estabilidade até o final de outubro. 


“Ficamos sem perspectivas agora, para nós está muito difícil”.


Para eles, é necessária uma revisão por parte da Secretaria Estadual de Educação, que deveria voltar a permitir o ensino remoto em todas as escolas de Santa Catarina até o final do ano, para também não prejudicar os alunos.


“É necessário continuar o remoto para que os alunos tenham ensino no mesmo nivelamento, senão eles também vão ficar perdidos no presencial, cujos alunos seguem outra dinâmica de aprendizagem. Outra questão que nos preocupa é de alunos que contaram que ouviram que se não voltarem para o presencial, terão suas famílias acionadas pelo Conselho Tutelar.  Mas porque acionar o Conselho, se estão cumprindo as atividades em dia nas aulas online?”, finalizaram.

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