Nossas Notícias

“Não é porque se trata de uma consulta médica que não se deva dar ouvidos às queixas pessoais do paciente”, destaca doutor Marciano após receber homenagem de Lia Schoeffel em livro

Na foto, doutor Marciano, sua esposa Fabiana da Luz e Lia Schoeffel

RIO NEGRINHO. Emocionou à muitas pessoas a reportagem que publicamos sobre a homenagem que Lia Schoeffel, técnica de enfermagem e escritora de Rio Negrinho, fez ao doutor Marciano Cesar Marques ( confira clicando aqui ). Lia, que também faz parte da Academia de Letras de Rio Negrinho, publicou recentemente a poesia “Amigo doutor”, em uma coletânea intitulada “Mãos que marcaram a nossa vida”, organizada por Miguel João Simão, da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina. O texto foi escrito depois que ela passou por um momento de depressão profunda, da qual se recuperou após o atendimento do médico.


A obra, que já está circulando em todo estado de Santa Catarina, foi entregue ao doutor Marciano na última semana. À reportagem do Nossas Notícias ele contou sobre como foi receber o reconhecimento de Lia, que posteriormente foi também sua colega de trabalho.


“A Lia foi uma paciente que naquele momento difícil precisava de atenção, de um olhar além da doença física. Ela precisou ser acolhida. Já durante minha formação na UFSC, como aluno, fui preparado para dar  uma assistência humanizada aos pacientes. Entendo que não é porque se trata de uma consulta médica que não se deva dar ouvidos às queixas pessoais do paciente”, declarou.


Marques também enfatizou que o atendimento humanizado exige um olhar atento ao paciente como um todo, por meio de uma anamnese (entrevista) mais abrangente e da observação do comportamento, análise do estilo de vida, estado emocional e psicológico e momento pelo qual está passando, dentre outros.


“Eu posso não ser uma pessoa muito extrovertida em público, mas com meu paciente procuro dar o meu melhor! Agradeço mais uma vez à Lia pelo reconhecimento  e espero que os profissionais sempre lembrem que o paciente é humano e o familiar de alguém”.


Homenagem que veio a calhar neste período de pandemia 


Como a própria Lia contou, o tema da poesia chamou a atenção do organizador do livro, por ser um texto que veio a calhar justamente neste período de pandemia, valorizando a atuação do profissional da Medicina. E nesse contexto, doutor Marciano também classificou o texto de Lia como atemporal.


“A poesia dela de fato tem muito a ver com o momento que vivemos. A pandemia nos provocou uma série  de perguntas, incertezas, de revisão de conceitos…Num cenário com os pacientes cada vez mais aflitos e com os profissionais precisando acolhê-los,  era na família que buscava  apoio. Me dei conta de tudo isso, de fato, quando no Réveillon minhas filhas fizeram um post resumindo meu ano e da minha esposa frente à pandemia, enfatizando o quanto tudo isso  refletiu em todas as áreas. E com o olhar de alguém que conviveu tão de perto com um médico e enfermeira dentro de casa… amadas filhas!!Mas eu costumo olhar o lado positivo das coisas e acredito que por menor que seja, tudo sempre tem uma lição a ser seguida e essa pandemia nos propõe diariamente  a viver em harmonia o hoje!”. 

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