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Roze encontra no cultivo das plantas a força necessária para encarar as sequelas do Covid

RIO NEGRINHO. Rozelaine Sodré é bastante popular na cidade. Simpática e detalhista, é reconhecida também pelo seu trabalho como educadora na Rede Municipal. Porém, no ano passado foi surpreendida pelo que num primeiro momento foi diagnosticado como uma crise de ansiedade. “Eu tinha muita dificuldade para dormir, sentia muitas dores no peito, fraqueza e ansiedade. Chorava bastante … Fui em cinco médicos, contando cardiologista, psicóloga e psiquiatra. Todos davam o mesmo diagnóstico: crise de ansiedade e pânico”. Até que sua irmã, que é profissional de saúde, estranhando o fato de Roze sentir também febre, a aconselhou a ir no Centro de Triagem Covid. “Ela comentou que nunca viu febre ser sintoma de crise de ansiedade e pânico. E então eu fui ao Centro de Triagem, nisso já fazia 25 dias que estava com aqueles sintomas. Lá o exame mostrou que eu já havia tido Covid e depois os médicos diagnosticaram que junto tive uma crise de ansiedade”, relatou. Desde então, Roze continua a sofrer com sequelas da doença. “Naquela época eu sentia também muita fraqueza, chegava a cair ao ficar em pé. Depois do diagnóstico, consultei novamente com especialistas que recomendaram novos exames, que mostraram que meu pulmão e coração ficaram comprometidos pela doença. Tanto que até hoje não posso varrer a casa por exemplo, ou fazer qualquer outra atividade que exija esforço”. De tantos momentos delicados que Roze passou, que incluíram também a necessidade de ajuda para tomar banho e a necessidade de ficar deitada por muitas horas do dia, surgiu a necessidade de fazer algo de diferente para que não caísse em depressão. Afinal, sempre foi bastante ativa e estava acostumada com uma rotina de muitas atividades na Secretaria de Educação, onde trabalhou até ano passado, tendo inclusive, participado de todo o processo de adequação da Educação em função da pandemia. E no meio de tudo isso, surgiram as suculentas. “Eu tinha algumas plantas em casa. Mas diante do quadro grave que passei minhas colegas de trabalho e muitas pessoas começaram a me mandar suculentas de presente. Então comecei a pensar sobre todas aquelas plantas, sobre o carinho com que eram colocadas nos vasinhos e no carinho com que eram destinadas à mim … E decidi começar a cultivar plantas, por ser uma atividade que não exige grande esforço”. E assim foi feito! Mesmo com limitações ela começou a cultivar as plantas em um bom espaço que tem nos fundos de casa. E isso foi se tornando uma rotina de alívio e de inspiração. “Comecei a me dedicar às plantas, o que faço até hoje e isso me trouxe muitas alegrias. Foi um processo de superação para mim também. Cada plantinha é diferente, cada uma exige um tipo de cuidado, eu verifico todo dia como elas estão e é uma alegria ver quando crescem e florescem”. Só que como a própria Roze disse e como a maioria das pessoas sabe, as plantas exigem muito cuidado. E no caso da Roze, devido às chuvas, geadas, frio e calor, algumas plantas começaram a morrer. “Então tive a ideia de pedir para o meu esposo construir uma estufa para as minhas plantinhas. Ele topou e como trabalha viajando, começou a trazer madeira, plantas e acessórios de diferentes lugares. Tenho, por exemplo, muitas plantas e enfeites da Bahia! Além dele, meu irmão e minha família ajudaram meu esposo na construção da estufa. Fizeram até um espaço ao lado, que é como um ‘ateliê’, onde preparo todo o material que vai para a estufa. Foi muito legal ver todos envolvidos no trabalho ‘pesado”, que eu não podia e nem posso fazer. Essa dedicação deles mostra o amor que sentem por mim. Até hoje meu marido diz que prefere me ver cuidando das plantas do que chorando, pois meus olhos brilham quando estou na estufa ou no ateliê”. E a dedicação do marido não parou na construção da estufa, pois conforme Roze, até hoje ele continua a lhe trazer plantas e acessórios depois de cada viagem que faz. “Costumo dizer que esse amor pelas suculentas e cactus se tornou uma terapia que me deixa mais forte para encarar as sequelas do Covid, as crises de ansiedade e pressão alta, motivos pelos quais também, infelizmente, estou afastada do trabalho. Recomendo a todos, independente de ter tido Covid ou não, a olharem com mais carinho para as plantas, para a natureza e para as suculentas em especial, pois são fontes de vida e de coragem para enfrentarmos principalmente esse momento de pandemia para o qual nenhum de nós estava preparado”. Roze criou também um perfil no Instagram, onde compartilha frases, dicas e fotos das suas plantinhas. Siga clicando aqui!  Roze uma das mais de 2,2 mil pessoas que fazem parte do grupo “Suculentas, Cactus, folhagens e flores em Rio Negrinho”, criado por Claudinéa Liebl e Vanisse Tureck no Facebook ( clique aqui para entrar no grupo ). “Casa é onde as suculentas estão”, é o que diz na camiseta que a Roze veste nas fotos abaixo. Promoções      

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