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OPINIÃO. "É preciso reaprender", por Loacir Gschwendtner, advogado e professor da Univille de São Bento do Sul

SÃO BENTO DO SUL. Passado o primeiro trimestre da pandemia, já não tivemos mais escolha senão aceitar os fatos, adaptar-se, reinventar-se, tudo isso num curtíssimo espaço e tempo, numa situação que, falando de ensino, podemos cunhar como sendo uma “reaprendizagem”. Sabemos que a aprendizagem consiste num processo de mudança do comportamento, que é obtido através da experiência construída a partir de alguns fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Como ensina a professora Léa das Graças Camargos Anastasiou, “a aprendizagem é uma ação intencional, direcionada e deliberada por parte do aluno, exigindo esforços conjuntos com o professor para o domínio do conhecimento”. O resultado de uma interação entre estruturas mentais e meio ambiente. Foi tudo o que tivemos ao longo de 2020, quando vivemos intensamente essas novas experiências por conta da pandemia da Covid-19. A sociedade sem dúvida passou por uma das suas maiores transformações da história, muito embora nenhuma nova tecnologia tenha sido lançada. Pessoas e empresas se viram forçadas a mudar hábitos, procedimentos e processos, se viram obrigadas a mudar forma de agir e de pensar. A conexão através da tecnologia que para muitos – pessoas e empresas – era algo aparentemente distante, passou a ser o dia a dia, impondo de forma radical a mudança de estratégias, passando a olhar da porta para fora. E tudo isso felizmente está acontecendo apesar dos péssimos governantes, dos políticos, dos negacionistas e até do judiciário, é um caminho para o futuro, sem volta. Sem dúvida esses momentos nos ofereceram a oportunidade de reaprender os costumes do dia a dia, de resgatar os mais básicos valores da sociedade, como o respeito, a compaixão, a honestidade, a tolerância e a empatia. Assim, é através desse novo processo de aprendizagem que encontramos as respostas e os caminhos para uma transformação mais a longo prazo, porquanto penso que reaprender e transformar estão interligados. Sou por natureza um otimista e, olhando para o futuro, afirmo que sempre acreditei no mundo, que o amanhã vai ser melhor e vou repetir o mantra: “tudo vai dar certo”. Essa pandemia apenas acelerou, é verdade, algumas transformações, sejam elas digitais ou comportamentais. Muitas coisas foram muito diferentes do que já fizemos antes: é preciso reaprender! E como disse Belchior em seus versos, “ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, estou vivo, e quando a pandemia acabar há dois lugares quero voltar: uma cafeteria e uma vinícola. Prof. Me. Loacir Gschwendtner Promoções ]]>

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