Nossas Notícias

Delegado diz que declarações do vereador Piska em live são ridículas e difamatórias; ele também garantiu que providências legais serão tomadas

  RIO NEGRINHO. Causaram repercussão na Polícia Civil as declarações do vereador Piska (PP), na live do portal Nossas Notícias na noite de ontem, 18 ( assista clicando aqui ). Desde segunda-feira (16), iniciamos uma série de lives em nossa página no Facebook, entrevistando cada um dos vereadores eleitos no domingo (15). Na transmissão com o vereador Piska, que já ocupou o cargo anteriormente por dois mandatos consecutivos, ele foi questionado sobre o fato de seu nome estar na lista dos indiciados na Operação Iceberg, realizada pela Polícia Civil na região, em Rio Negrinho e São Bento do Sul especificamente além de outros municípios. A investigação apontou que vários políticos e servidores teriam tirado diárias nas respectivas Câmaras para realizar falsos cursos. Em sua fala, Piska disse que “a Operação foi realizada entre aspas a pedido do atual prefeito (Julio Ronconi)”, com o objetivo de prejudicar desafetos. O vereador também se referiu à investigações de irregularidades na ASP (Associação dos Servidores Públicos), em São Bento do Sul, alegando que até agora não houve uma conclusão, servindo apenas para expor o nome dos envolvidos ( também há políticos citados). Ele ainda garantiu que frequentou todos os cursos e que não participou de desvio de recursos. Já logo que a live foi finalizada nossa reportagem foi procurada pelo delegado Gustavo Muniz, que atuou na região em várias operações de destaque no combate à corrupção, incluindo a Operação Iceberg. Ele enviou uma nota, que abaixo segue publicada na íntegra. “Para minha surpresa, recebi nesta data, 18 de novembro, o link de um vídeo onde um vereador levantou suspeitas acerca de meu trabalho como Delegado de Polícia Civil na região de São Bento do Sul e Rio Negrinho. De início, cabe ressaltar que emito esta nota falando unicamente em meu nome, não respondo pela regional local, muito menos pela valorosa Polícia Civil de Santa Catarina. Dito isto, cumpre lembrar que atuei na região entre julho de 2014 e abril deste ano, exercendo minhas funções em quase todas as unidades. A partir de maio, aceitei o honroso convite para a implementação das novas unidades de Delegacias Especializadas no Combate à Corrupção, passando a ser titular da 2° DECOR, responsável por todo o sul do estado. Em resumo, a Operação Iceberg foi deflagrada a partir de investigação realizada pela DEIC/SC, ocasião em que um esquema de participação em cursos para recebimento de diárias indevidas por vereadores foi desvelado. A investigação iniciou-se na cidade de Tijucas, mas rendeu desdobramentos em dezenas de cidades catarinenses e seus respectivos inquéritos policiais. Embora tenha havido rotatividade na coordenação da DIC (Divisão de Investigação Criminal), fui responsável pela instauração, maior parte da instrução e conclusão das investigações. Isto posto, a infame afirmação de cunho político da investigação, para além de ofensiva a minha imagem e trabalho, é ridícula e difamatória! Em momento algum, qualquer agente político teve influência sobre a instauração ou condução de procedimentos investigatórios. A Polícia Civil é uma instituição de Estado, cuja missão é cumprida à risca e não se sujeita a governos ou desmandos externos. Prova disso são os relevantes trabalhos em detrimento de figuras influentes realizados nos últimos anos na região. A questão envolvia apenas as Câmaras, que colaboraram de maneira louvável por intermédio dos presidentes da época, diga-se. Aliás, dado o vasto conjunto de indícios recebidos da DEIC, era inevitável a apuração em todos os municípios envolvidos, não apenas em Rio Negrinho ou São Bento do Sul. O mérito de condenação ou absolvição não me cabe, mas sim ao Poder Judiciário. Decerto, com tantos cursos, talvez devesse ser de conhecimento do declarante tal fato. No que concerne à operação da ASP, citada no vídeo, esta não foi por mim coordenada, logo, não me cabe manifestação. Por derradeiro, afirmo que foi uma honra trabalhar com policiais civis de conduta ilibada que auxiliaram na investigação. Sinto que não apenas minha reputação, como a de todos eles foram ofendidas com as afirmações absurdas proferidas. Em razão disto, tais declarações não serão ignoradas e as devidas providências legais serão tomadas. Promoções   ]]>

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