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Quinta soltura de aves é realizada em São Bento do Sul

SÃO BENTO DO SUL. Para quem aprecia a observação de aves não poderia haver maneira mais especial de comemorar a data.

Na tarde desta terça-feira o prefeito Magno Bollmann e o secretário de Agricultura e Meio Ambiente Marcelo Hubel participaram de mais uma soltura de aves ocorrida na área da APA Rio Vermelho Humboldt, em São Bento do Sul.

Nesta quinta soltura foram libertadas 19 maitacas e 2 curiós, pequena ave praticamente extinta em nossa região, e que foram trazidas pelo Sub-tenente Edson Guimarães, do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina – IMA.

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Conforme o Sub-tenente Guimarães, “as aves foram recuperadas no CETAS – Centro de Triagem de Animais Silvestres localizado no Parque Florestal Rio Vermelho em Florianópolis. As maitacas tem entre 10 e 15 anos de idade, e passaram por cerca de 90 dias de recuperação, onde reaprenderam a voar e a se alimentar na natureza”, comentou.

Desde a primeira soltura realizada na área da APA Rio Vermelho Humboldt, ocorrida em 10 de agosto de 2017, já foram libertadas 201 aves dentre tucano de bico verde, periquitão maracanã, periquito verde, tiriba de testa vermelha, maitaca verde, papagaio de peito roxo, curió, trinca ferro, sabiá preta, sabiá coleira, sabiá laranjeira, sabiá poca, tangará dançarino, coleirinho, pintassilgo, saíra sete cores, tié-preto, dentre outros.

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Durante a soltura o prefeito Magno Bollmann destacou a alegria de poder participar de mais uma ação ambiental na região. “Hoje tivemos a oportunidade de soltar as maitacas, espécie que já existe aqui e que agora tem a oportunidade de retornar à natureza, a ainda dois curiós, belíssima ave que infelizmente não vemos mais por aí”, disse.

O prefeito destacou que a soltura foi um sucesso, “pois as aves foram soltas e já foram se alimentar. É uma época muito boa para soltura, há alimentação como pinhão, frutas como caqui e araçá, e as aves conseguem se inserir em novos bandos”, comentou.

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O prefeito lembrou que outras solturas já demonstraram sucesso porque aves soltas já acasalaram e se reproduziram com aves nativas e fez questão de destacar que a soltura das aves é realizada na APA que foi criada pelo Consórcio Intermunicipal Quiriri em uma área de 23 mil hectares que perfazem 48% da área do município de São Bento do Sul.

“Futuramente teremos solturas de aves também em áreas protegidas nos municípios de Rio Negrinho, Campo Alegre e Corupá, municípios estes que fazem parte do Consórcio Intermunicipal Quiriri”, disse o prefeito.

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente e biólogo Marcelo Hubel destacou a importância de realizar mais uma soltura de aves na região, e que nesta época do ano ocorre uma peculiaridade na soltura: “este é um período que embora estejamos entrando no outono e inverno, as aves estão formando os bandos mistos. Então é um período onde há a colaboração de buscar o alimento. Algumas aves tem característica de bandos mistos, onde várias espécie estão no mesmo bando em busca do alimento, e quando uma encontra todas se beneficiam. A maitaca forma um bando único, mas nesse período ela tem a facilidade de se misturar com outros bandos em busca do alimento, mas somente nesta época do ano, pois do contrário são aves territorialistas, principalmente na época do acasalamento”, explicou.

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Dia do observador de aves

O biólogo Marcelo Hubel é um observador de aves há muitos anos, e inclusive conta com uma obra já publicada, “Aves do Quiriri”, realizada em parceria com o também biólogo Thiago Dreveck e que reúne informações técnicas e imagens de cerca de 150 aves nativas da região.

Para Marcelo, “está é uma ocasião muito feliz, pois temos mais uma soltura de aves na nossa APA, e coincidentemente nesta data, dia 28 de abril que é o dia do observador de aves”, disse.

Conforme lembrou, “o primeiro relato de observação de aves que encantou uma pessoa foi no ano de 1500, quando Pero Vaz de Caminha relatou o que viu aqui em uma carta ao rei de Portugal”, comentou.

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No ano de 1500 Pero Vaz de Caminha documentou as primeiras observações de aves feitas em território brasileiro, conforme consta em sua famosa carta ao rei de Portugal e Algarves Manuel I – O Venturoso, onde dá notícias, entre outras coisas, da riqueza de nossa avifauna.

Texto da carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal e Algarves Manuel I – O Venturoso:

“Enquanto andávamos nessa mata a cortar lenha, atravessavam alguns papagaios essas árvores; verdes uns, e pardos, outros, grandes e pequenos, de sorte que me parece que haverá muitos nesta terra. Todavia os que vi não seriam mais que nove ou dez, quando muito. Outras aves não vimos então, a não ser algumas pombas-seixeiras, e pareceram-me maiores bastante do que as de Portugal. Vários diziam que viram rolas, mas eu não as vi. Todavia segundo os arvoredos são mui muitos e grandes, e de infinitas espécies, não duvido que por esse sertão haja muitas aves!”

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