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Volta às aulas: ida ao oftalmologista pode ser decisiva no rendimento escolar

Quando a criança precisa realizar exames oftalmológicos? Ainda na maternidade, é realizado, obrigatoriamente, o Teste do Olhinho. Trata-se do primeiro exame oftalmológico na infância. Simples, rápido e indolor, pode detectar problemas mais graves, que precisam de um exame mais específico para verificar precocemente eventuais doenças oculares, como catarata, glaucoma, opacidades da córnea, hemorragias no vítreo e tumores intraoculares. A partir de seis meses de idade, a primeira consulta oftalmológica já pode ser feita. Nessa primeira avaliação, é possível observar a presença de estrabismo, malformações congênitas ou presença de ametropias (grau) que necessitem de correção com óculos. A acuidade visual pode ser medida, se necessário, por exame complementar, chamado de Teller. A partir dos três anos, quando a criança já consegue informar e identificar desenhos ou optotipos (tabela de Snellen), é possível obter a acuidade visual. Dessa forma, o exame oftalmológico é muito mais preciso. Por isso, uma nova consulta nesta idade é de extrema importância. Também é fundamental realizar um exame oftalmológico no início da alfabetização e fazer um acompanhamento anual, com os pais, responsáveis e professores sempre ficando atentos a sinais que podem indicar algum problema de visão. Quais os sinais ou sintomas que pais e professores devem prestar atenção para identificar que a criança tem algum problema de visão? Quanto mais cedo for detectado o problema, maiores as chances de tratamento. Portanto, se a criança tem algum dos comportamentos ou apresenta os sintomas abaixo, procure um oftalmologista imediatamente para um diagnóstico certeiro:
  • Seu o nível de rendimento escolar cai. Lembre-se que a visão é responsável por 70% do nosso contato com o mundo exterior, portanto, se a criança apresenta alguma dificuldade para enxergar, é natural que seu aprendizado seja comprometido, já que ela não reconhece formas e letras.
  • Aperta os olhos ou entorta a cabeça na hora de ler ou assistir à televisão. O ato significa que ela está forçando os olhos a enxergar com maior nitidez, já que, ao apertá-los, criamos uma fenda menor nas pálpebras (pinhole), eliminando os raios periféricos e concentrando somente os raios centrais da visão.
  • Sente dores de cabeça na região frontal frequentes. Nesse caso, mais do que um problema de visão, se a criança passa horas em frente ao computador, tablet ou videogame, ela provavelmente apresentará vista cansada. O uso de telas deve ser evitado para crianças com até dois anos de idade. Para crianças maiores o tempo é limitado e variável, de acordo com a idade. Os pais devem conversar com um oftalmologista para ver qual a melhor recomendação para seu filho e incentivar brincadeiras ao ar livre para estimular a visão à longa distância.
  • Se a criança se aproxima muito dos objetos que quer ver ou leva-os até bem próximo ao rosto, para poder enxergá-los melhor.
  • Se a criança tem dificuldade em reconhecer pessoas e até tropeça em objetos enquanto anda, pode ser que ele tenha miopia.
  • Os olhos lacrimejam frequentemente. As causas podem variar desde conjuntivites alérgicas ou virais, que são facilmente tratadas, até problemas na formação do canal lacrimal, que não se desenvolveu adequadamente durante a gestação.
Quais são os problemas de visão mais comuns na infância? Entre as doenças oculares mais corriqueiras na infância estão as ametropias (altos graus de miopia, astigmatismo e hipermetropia), anisometropias (diferença de grau entre os olhos), estrabismo (“olho torto”), ambliopia (“olho preguiçoso”) e conjuntivites alérgicas. As ametropias ou erros refracionais, como a hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), o astigmatismo (imperfeição na curvatura do olho) e a miopia (dificuldade para enxergar ao longe), provocam sintomas como embaçamento, dores de cabeça e cansaço visual, mas que podem ser facilmente corrigidos com o uso de óculos de grau. O estrabismo (desalinhamento dos olhos) normalmente é perceptível em fotografias ou mesmo durante atividades do cotidiano. Ao suspeitar sobre sua existência, os pais devem levar a criança ao oftalmologista. A ambliopia, também conhecida como olho preguiçoso, é a diminuição da capacidade visual, que ocorre, principalmente, pela falta de estímulo ao olho afetado durante o desenvolvimento da visão. Ocorre em 2% da população infantil e pode se manifestar do nascimento até os 8 anos de idade. Quanto mais precoce aparecer, maior sua gravidade. O uso de tampão no olho sadio é recomendado pelo oftalmologista como forma de ativar o desenvolvimento do olho preguiçoso. Quanto mais precoce o tratamento, melhores as chances de recuperação do olho amblíope. Por fim, problema passageiro, mas que também pode prejudicar a visão, a conjuntivite alérgica é bem comum nas crianças e pode se manifestar com coceira frequente, olhos vermelhos, piscar frequente e secreção ocular. Deve ser tratada, pois o coçar constante dos olhos na infância pode acarretar alterações corneanas como o ceratocone no futuro. ]]>
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