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Prestação de contas do Sindicato dos Servidores Públicos é aprovada com questionamentos

RIO NEGRINHO. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rio Negrinho realizou na tarde desta quinta-feira (19) a assembleia geral para prestação de contas de 2018 e alterações estatutárias conforme indicações do Código Civil, requeridas pelo Cartório local. A reunião aconteceu na sede do Iprerio com início às 16h30 e contou com a participação de servidores efetivos e comissionados. O relatório foi apresentado pelo contador, advogado e perito judicial Conrado Treml Júnior, que presta serviços para o sindicato.

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Durante a apresentação dos números da entidade, o presidente da Asprine (Associação dos Servidores Públicos de Rio Negrinho), Edson Plazido, fiscal da prefeitura e também associado ao sindicato, questionou os dados relatados na assembleia. Plazido disse que obteve junto ao Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura um relatório de todos os recursos repassados pela administração ao sindicato nos últimos seis meses e, segundo ele, a receita apresentada aos associados era menor do que a declarada oficialmente pelo sindicato. Plazido falou que o sindicato estava omitindo receita e lançou dúvida sobre uma possível fraude nos dados.  PRESTAÇÃO DE CONTAS APROVADAS
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Durante o encontro a presidente do Sindicato, Adriana Clasar Ribas e o próprio contador explicaram os motivos da diferença,embora tenham sido várias vezes interrompidos por Plazido, que chegou a pedir que a assembleia fosse impugnada em função de suas alegações. Porém, por maioria dos votos e apesar dos questionamentos a maioria dos servidores presentes aprovou o relatório apresentado pelo sindicato. SERVIDORA SE MANIFESTA
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Lia Schoeffel, servidora aposentada da prefeitura,  que já foi bastante ativa no serviço público e continua a acompanhar os trabalhos da administração e as movimentações do sindicato, aproveitou para se manifestar no encontro. ” Se há um equívoco tem que ser resolvido mas em outra situação, de preferência em janeiro, já quando as atividades forem retomadas. Acredito que o Conrado não precisava passar por isso; se há algum problema entre o Sindicato, Asprine ou outros, tem que ser resolvido entre esses envolvidos. Já trabalhei no Sindicato e sei do importante  trabalho que o faz em prol dos servidores públicos. E conheço a Asprine e sei que também faz um excelente trabalho. O que tem que se parar é de um querer derrubar o outro. Nós, como sócios, não podemos ter prejuízo. A gente tem que ver que tudo que é bom para nós a gente tem que fazer crescer , não um derrubar. isso está me parecendo guerra de farrapos onde quem melhor rasga, ganha. Mas não vamos rasgar nada! Se tem erro, conserta-se, mas quem não pode sair prejudicados são os funcionários da prefeitura, pois o funcionário público é muito desgastado, tanto pela população quanto pelos próprios que trabalham com ele”, disse. O QUE DIZ O SINDICATO 
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A reportagem do Nossas Notícias conversou com Adriana, Conrado e Edson, depois da reunião.  Da mesma forma como na reunião, Conrado e Adriana mantiveram seus posicionamentos, garantindo que nada há de errado com os dados apresentados e que a situação poderia ter sido evitada se Plazido, antes de se manifestar na assembleia, tivesse procurado conhecer os detalhes técnicos da prestação de contas e do próprio funcionamento do sindicato.  “Todos os repasses realizados pela prefeitura em desconto em folha  (mensalidades, convênios, plano de saúde, cartão, jurídico, etc), são lançados em conta classificada como ‘REPASSE PMRN’. Tal  fato ocorre em decorrência dos valores não terem base de confrontação com despesas e custos e por isso a informação recebida não está  segregada”. POR QUE A DIFERENÇA DE VALORES
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Conrado explicou que desta conta de “REPASSE PMRN” são deduzidos os valores pagos exclusivamente dos convênios que foram objeto de desconto em folha (convênio empresas, cartão, plano de saúde, jurídico, etc), sendo que o saldo do mês da conta deveria ser o valor das mensalidades. ” Ocorre que, conforme informações constantes em controles internos do sindicato, o convênio é pago na integralidade, mas a respectiva contrapartida não vem por parte do servidor, seja por estar com saldo negativo, parcelamento, rescisão em competência distinta ao do desconto ou mesmo servidor que solicitou exoneração e estava com valores a pagar ao sindicato, o que faz com que haja mais valores de desconto da referida conta do que o que efetivamente deveria ter entrado”.  OUTRAS SITUAÇÕES
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Treml falou também que outro fato que pode gerar variação no saldo da conta “REPASSE PMRN” é a data da entrada do valor na conta bancária do sindicato e a data que ocorre o pagamento do convênio. “Esta forma de contabilização ocorre pela não segregação em relatório e os pagamentos como redutor da mesma para não gerar a informação que tudo que o município repassa ao sindicato é efetiva receita. Desta forma todos os valores constantes em extrato bancário são registrados na contabilidade, assim como todos os pagamentos são efetivados via cheque.Toda documentação base é contabilizada, todos os pagamentos são anexados a cópias dos cheques e ficam junto ao sindicato”, garantiu. O QUE DIZ A PRESIDENTE DO SINDICATO
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Adriana falou que lamenta a situação e frisou que nenhum dinheiro circula em espécie dentro da entidade, que faz todas as suas movimentações via banco.  Ela também disse que toda a movimentação financeira é acompanhada por todos os membros da diretoria e pelos integrantes do Conselho Fiscal. “Não tenho medo de questionamentos. Nosso trabalho é muito sério e honesto, acima de tudo. Quem quiser mais informações sobre a movimentação do dinheiro no sindicato pode fazer um requerimento pedindo autorização para a diretoria para  examinar todos os papéis. Se por acaso como foi comentado na reunião, houver um questionamento judicial, também estamos tranquilos. Temos segurança do trabalho que estamos fazendo e temos todos os documentos que comprovam nossa idoneidade”. QUESTIONAMENTO VAI VIRAR PROCESSO JUDICIAL
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Edson confirmou à reportagem o que havia adiantado na assembleia.  “De qualquer forma, esses relatórios que nós temos mais a ata da reunião e outros documentos como balancetes e extratos que vamos requerer vão fazer parte de um processo judicial onde vamos comprovar o que alegamos e vamos requerer uma auditoria externa independente nas contas do sindicato dos últimos 10 anos. Até . porque até 2015 ou 2016 o sindicato recebia também o imposto sindical”.
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