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RIO NEGRINHO. Uma informação divulgada em diversas veículos de comunicação de Santa Catarina e do Brasil deixou em alerta moradores de 22 cidades do estado.
Segundo as informações, um estudo encomendado pelo Ministério Público de Santa Catarina com coleta do Centro de Apoio ao Consumidor da ARIS (Agência Reguladora Intermunicipal) e da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina apontou que a água que abastece esses municípios possui 17 tipos de substâncias consideradas agrotóxicas, sendo 7 delas proibidas na União Europeia.
Rio Negrinho é uma das cidades que figura na lista mas a informação foi contestada por Gilson Reckziegel, diretor geral do Samae, o Serviço Autônomo de Abastecimento da cidade.
Ele disse que acredita que os dados foram divulgados de forma distorcida.
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“Mas já nesta semana vamos sim pedir informações sobre as análises realizadas, tanto por parte da ARIS quanto por parte do MP”, adiantou.
Reckziegel explicou que os parâmetros encontrados até existem, segundo as informações divulgadas, mas a concentração é muito abaixo dos limites mínimos.
O diretor lembrou que é servidor público concursado e trabalha com tratamento de água há 24 anos.
“Os agrotóxicos sempre estiveram presentes no Brasil. Antigamente não havia restrições ao uso dos mesmos, e mesmo assim nunca encontramos resquícios de agrotóxicos em nossa água e como já justificamos, cumprimos rigorosamente a portaria do Ministério da Saúde”.
Gilson ainda descartou comentários sobre uma possível relação entre a presença – mesmo que mínima – de agrotóxicos na água e o número de pacientes com câncer no município.
“As pessoas se alimentam com produtos industrializados o tempo todo, com conservantes, tomam mais refrigerante que água.Trabalham em condições inadequadas de segurança, muitas vezes respirando os mais variados tipos de pó e fumaça. Então como afirmar que a doença é causada por agrotóxicos minimamente presentes na água?”.
Ele finalizou reafirmando que os valores de substâncias agrotóxicas encontradas nas análises frequentemente realizadas pelo Samae, são muito mais baixos do que o mínimo permitido pelo ministério da Saúde.
“Então não há nenhum problema com a nossa água em Rio Negrinho”, garantiu.
As 22 cidades catarinenses
As cidades catarinenses citadas nas reportagens são: Rio do Sul, Itapema, Itaiópolis, Mafra, Rio Negrinho, Coronel Freitas, Gravatal, Ibirama, Ituporanga, Joinville, Orleans, Porto União, Schroeder, Balneários Rincão, Camboriú, Gaivota, Piçarras, Ilhota, Jaguaruna, Massaranduba, Taió e Tubarão.
NOTA OFICIAL DO SAMAE DE RIO NEGRINHO NO FACEBOOK
“Diante da notícia veiculada hoje pelo portal NSC notícias, a qual tem como título ” água que chega as torneiras tem resquícios de agrotóxicos ” onde consta o nome de Rio Negrinho como uma das cidades onde foram encontrados resquícios.
O SAMAE de Rio Negrinho ao longo de sua história em tratamento de água em tempo algum teve qualquer tipo de resultado para agrotóxicos acima do mínimo permitido pelas Portarias em vigor.
Cumprimos a atual Portaria consolidada n.5 no que se refere a análises integralmente, com análises mensais, trimestrais e semestrais em laboratório externo acreditado pelo Inmetro (LABB Blumenau) além de todas as análises realizadas em nosso laboratório e controle operacional.
Solicitamos aos responsáveis pelas análises cópia do laudo, certificação do laboratório e metodologia aplicada, informalmente tivemos conhecimento dos resultados encontrados para a amostra de água de Rio Negrinho, trata-se de dois parâmetros, onde tivemos a confirmação de que os resultados encontrados estão muito abaixo do limites mínimos exigidos pelo Ministério da Saúde.
Cabe ainda ressaltar que somos fiscalizados pela Vigilância sanitária municipal e estadual, além da fiscalização da ARIS- Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento, os quais tem conhecimento de todos os laudos de análises efetuadas.
Então trata-se de uma matéria sensacionalista e tendenciosa a respeito da divulgação destes resultados.
O SAMAE de Rio Negrinho tem um compromisso com a qualidade da água fornecida aos seus usuários, trabalhamos incansavelmente na busca pela excelência em nossos serviços, lamentamos e repudiamos este tipo de informação distorcida, a qual infelizmente só traz problemas a nossa sociedade.
Atenciosamente.
Gilson José Reckziegel
Diretor Geral”.
A CASAN ( COMPANHIA CATARINENSE DE ÁGUAS E SANEAMENTO DE SANTA CATARINA TAMBÉM SE MANIFESTOU NAS REDES SOCIAIS
ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO
A CASAN informa que nenhuma amostra de água coletada na saída de suas estações de tratamento, em todo o Estado de Santa Catarina, apresenta qualquer inconformidade. Todas as amostras coletadas atendem à Consolidação Número 5 do Ministério da Saúde, portaria que define os padrões de potabilidade da água. Sendo assim, a Companhia reitera que a água distribuída nos municípios do Sistema CASAN está completamente dentro dos níveis de potabilidade exigidos.
Em nota emitida a respeito de reportagens que abordam a suposta presença de agrotóxicos, a Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS) também “assegura que a água tratada e distribuída aos consumidores é potável, está apta para o consumo humano” e não apresenta risco algum.
Estranhamente, notícias veiculadas nesta sexta-feira trazem laudos com resultados muitas vezes abaixo dos limites máximos tolerados, como os registrados no município de Rio do Sul, por exemplo, onde a substância tebuconazol aparece com índices 1.314 vezes abaixo do limite. Uma outra substância, a simazina, aparece 71 vezes abaixo do tolerado; o diurom está com índices 1.250 vezes abaixo do limite permitido. E outros.
Para esclarecimento da população e da imprensa é preciso destacar que o próprio Ministério da Saúde admite pequenas concentrações de agrotóxicos na água, tanto que estabelece quais produtos são admissíveis e em que concentrações.
A CASAN monitora permanentemente a qualidade de sua água justamente para garantir todos os padrões exigidos pela legislação e manter as condições de segurança hídrica e de saúde pública. E por isso garante que nenhuma análise da Companhia chega próximo do limite máximo permitido. No Estado, a Companhia realiza um total de 180 mil análises anuais nas suas 365 unidades de tratamento.
Para que não paire dúvida alguma, a empresa reitera a disponibilidade de seus laboratórios para eventuais comprovações – como sempre faz -, bem como coloca à disposição os relatórios para consultas junto aos bioquímicos, químicos e engenheiros responsáveis.
A Companhia lamenta a abordagem do material divulgado, inconsistente e sem contraponto, gerando alarmes e receios que direcionam a população a consumir água industrializada, mais cara ou até mesmo de fontes não confiáveis.
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