Clóvis Consoli é articulador do DEL e acompanha o programa em cidades de todo o Brasil
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RIO NEGRINHO. Ontem (17), uma comitiva de alemães integrantes do Conselho de Essen, da Alemanha chegaram em Rio Negrinho, acompanhados de especialistas do DEL (Programa de Desenvolvimento Econômico Local), implantado em Santa Catarina pela FACISC em parceria com associações empresariais, prefeituras, Câmaras de Vereadores, associações, ONG’s e demais entidades e organizações.
O grupo, que implanta e acompanha o andamento do DEL nas diversas cidades do mundo onde o programa é implantado, participa do 1° Seminário do DEL, que acontece amanhã (19) na Câmara de Vereadores e é aberto a comunidade.
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Agenda em Rio Negrinho
Os visitantes também cumprem agenda de visitas a pontos turísticos e empresas da cidade bem como reúnem-se com voluntários e articuladores do DEL em Rio Negrinho para acompanhar detalhes dos trabalhos.
Hoje pela manhã, os visitantes, membros da Acirne, CDL , prefeitura e autoridades da cidade, almoçaram no Restaurante e Churrascaria Amigos da Estrada.
Nossas Notícias acompanhando
Estivemos no almoço hoje com lideranças da Acirne, CDL, prefeitura, membros do Conselho de Essen, da Alemanha e especialistas do DEL
A reportagem do Nossas Notícias participou do almoço e em um intervalo entrevistou Clóvis Consoli articulador do DEL no Brasil.
Qual é o caminho para Rio Negrinho prosperar?
Ele está acompanhando os trabalhos do programa em cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Acre. Confira a entrevista:
Nossas Notícias – Você vem acompanhando os trabalhos do DEL em Rio Negrinho desde que o projeto começou a ser implantado. Com base no conhecimento que adquiriu neste período e na experiência que tem em outros municípios, qual na sua opinião, é o caminho para Rio Negrinho prosperar?
Clóvis –
A cidade tem alguns desafios. Creio que um dos maiores é responder à pergunta: Rio Negrinho é bom em quê? Percebo que o município é rico de potenciais – tem o turístico, o industrial, o logístico com a via férrea e proximidade com portos e aeroportos, tem uma população alvo no campo educacional,… Mas a comunidade precisa identificar e concentrar esforços em um destes eixos. Senão, não haverá resultados satisfatórios.
Nossas Notícias – Esse é um desafio para as outras cidades que tem implantado o DEL também?
Clóvis – Não necessariamente. Cada município tem sua necessidade.
Comecei, por exemplo, um trabalho em uma cidade do RS, com 50 mil habitantes. Falta tudo lá, principalmente na gestão pública, cuja folha de pagamento consome mais de 70% do orçamento da prefeitura.
Ao mesmo tempo uma cidade em SC apontada como uma das 100 melhores para se viver pela FIRJAN, está aderindo ao DEL também. Lá já se tem uma cultura de associativismo e as pessoas se unem para fazer as coisas acontecerem porque lá a logística não é favorável, não tem porto, aeroporto nem ferrovia.
Nossas Notícias – Há outros potenciais “ocultos” que você percebe em Rio Negrinho?
Clóvis- Rio Negrinho tem um potencial enorme para fazer um centro de distribuição
mas tem que vencer um gargalo que é o fato de a BR 280 cortar a cidade. São fatores que também influenciam a cidade a não andar como deveria.
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Nossas Notícias – Mas a questão da BR 280 é bem delicada para a comunidade. Há muitos anos há reivindicações para melhorias e até mesmo para um desvio,mas muito pouco se vê acontecer.
Clóvis – Aí se tem dois fatores para analisar. A região tinha até bem pouco tempo, representatividade política, o que é necessário para que melhorias e mudanças na BR 280, por exemplo, aconteçam.
Porém, independente do que tenha impedido estas reivindicações de serem atendidas neste passado próximo, será preciso representatividade política para estas mudanças acontecerem daqui para adiante.
Nossas Notícias – E como fazer isso?
Clóvis -Hoje o Planalto Norte não tem mais representatividade política na região.
Agora é hora de a iniciativa privada e pública se unirem para buscar estes representantes.
Nossas Notícias – Você acha então, que o caminho político é o que vai viabilizar estas melhorias e modificações na BR 280, neste trecho que corta Rio Negrinho?
Clóvis – Sim, pois dinheiro existe. O que acontece é que é mal direcionado. Este projeto da BR já está pronto e está parado em algum lugar. A questão é a comunidade se mobilizar regionalmente e lutar por isso.
Nossas Notícias – E quais são os desafios,na sua opinião, para esta unidade regional?
Clóvis – Tem que se unir e não pensar em bandeiras políticas, trabalhando por um projeto maior. Não é o poder público só. É a iniciativa privada e o terceiro setor também, tem que buscar uma política do planalto norte, senão não vai andar.
Nossas Notícias – E qual o papel do DEL em tudo isso?
Clóvis – O DEL vem para fazer as pessoas pensarem na cidade que querem daqui a 30 anos e de que forma vão se dedicar para fazer isso acontecer, construindo uma cidade sustentável e economicamente viável.
Saiba mais sobre o DEL e sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos voluntários do programa – que são de associações e entidades diversas – no Seminário do DEL que acontece amanhã (19). A entrada é gratuita e o evento é aberto à comunidade.
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