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Bombeiros de Rio Negrinho contam histórias marcantes de suas carreiras

RIO NEGRINHO. Todos os dias são deles. Afinal, trabalham 24 horas para dar o socorro e a segurança à vítimas de acidentes de inúmeras espécies. Sem contar os atendimentos à animais, desastres naturais, incêndios, trabalhos de prevenção e tantos outros.

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Sim,hoje é o Dia do Bombeiro. Dos Bombeiros. Isso mesmo! Com letra inicial maiúscula. Afinal, tanto quanto uma profissão esta é, antes de tudo uma missão. Mais do que uma profissão. É uma missão Por isso hoje a tarde nossa reportagem fez uma visita especial ao Quartel do Corpo de Bombeiros Militar de Rio Negrinho. Conforme o Segundo Tenente e comandante do Pelotão dos Bombeiros Militares de Rio Negrinho Leonardo Felipe Ardigó da Silva, hoje o atendimento é realizado por bombeiros militares e bombeiros voluntários. ” No plantão contamos com três militares por dia mais os bombeiros comunitários, que geralmente cumprem plantão em dois ou três”. A parceria com os voluntários foi destacada por ele. “Ainda bem que temos eles. Todos estão sempre disponíveis para ajudar e ajudam de fato”. Ardigó falou também a respeito de seu trabalho na administração da corporação. Natural de Canoinhas (SC), literalmente mora no quartel de Rio Negrinho durante a semana. “Acabo muitas vezes ultrapassando a carga horária em função de morar no trabalho. Mas isso não incomoda. Pelo contrário, é uma satisfação”.
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Morando em Rio Negrinho há cerca de três anos, Ardigó contou que deseja ficar na cidade o máximo de tempo possível e que fica feliz ao perceber os resultados de seu trabalho no comando dos atendimentos. “A questão de gerenciar é muito legal. Vejo o trabalho crescendo, o quartel crescendo e isto ficou muito evidente na semana passada quando fizemos uma solenidade especial,marcada pelo recebimento de uma ambulância, condecorações e a admissão de novos bombeiros comunitários no grupo”.

Histórias de Bombeiros

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Atendimento a acidente entre um caminhão e um Fusca no trevo da Bela Vista

“Em 25 anos na ativa, atendi bastante casos. Um deles foi o de um acidente entre um caminhão e um Fusca no trevo do Bela Vista com a BR 280. O Fusca tinha sete passageiros, sendo três crianças. Foi no início dos anos 2000. A gente utilizou todo o material e equipamentos que havíamos adquirido há pouco tempo. Foi um atendimento bem complexo, com três vítimas fatais e duas com politraumatismo. As crianças não sofreram nada de grave. O atendimento durou mais de uma hora, vários bombeiros que estavam de folga correram para atender. Na época não tinha Samu para ajudar. Fizemos um esquema de atendimento com prioridade às pessoas em estado mais grave de forma que enquanto a ambulância levava uma vítima a equipe já preparava outra vítima”, Sidinei Nogueira, terceiro sargento do Corpo de Bombeiros Militar 

Uma história com final que não foi feliz e outra com um final cheio de sorrisos

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  “Tudo marca na vida do bombeiro. Infelizmente o que marca mais são as tragédias, as vítimas que você não conseguiu salvar. Destas situações procuro tirar um aprendizado e me dedicar mais para evitar a perda de uma vítima em outra situação. Em 2012, atendi uma ocorrência de incêndio em uma residência onde a vítima foi uma criança especial. Foi uma das maiores tristezas que presenciei. Foi bem no horário do meio dia. Quando chegamos lá a casa estava totalmente queimada. Saber que uma criança estava lá foi muito triste. Final feliz Um atendimento com final positivo foi com relação a um adolescente especial que havia se perdido perto das represas do Rio Bituva. Ele ficou perdido no domingo o dia e a noite e encontramos ele na segunda-feira início da tarde e ele estava bem. Ver a reação dele quando nos viu deu a sensação de que os olhos dele diziam que estava realmente nos aguardando. Pelo local em que ele se perdeu poderia ter acontecido uma tragédia mas felizmente não houve. Ver a alegria da família quando soube que o havíamos encontrado foi muito emocionante também”, sub tenente João Edenilson Machado de Lima

Um pastor viajava com a família. Perdeu a esposa, a filha de 9 anos e o filho de 7

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“As histórias que mais marcam a gente são as que envolvem criancas. Esta foi perto do Pit Pit por volta do ano de 2009. Um pastor estava viajando com a família quando colidiu com uma carreta em sentido oposto. O que ocasionou a morte instantânea da esposa, de uma filha de 9 anos, do filho de 7; que provavelmente estavam sem cinto de segurança pois foram encontrados a menina em cima do painel e o garoto no vão dos bancos. O pastor sofreu ferimentos leves. Me marcou primeiro porque as pessoas negligenciam o uso do cinto de segurança no banco de trás. Estas mortes poderiam ter sido evitadas. Me marcou também porque meu filho na época tinha mais ou menos a mesma idade do menino que morreu. Cheguei em casa e ele veio me abraçar… Lembrei do menino sem vida que havia atendido horas antes”, Marcos Luciano Gomes, terceiro sargento, 24 anos de atividades
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