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Criança de 10 anos engravida após ser estuprada pelo tio, em Guatambu

SANTA CATARINA. Um homem de 52 anos foi preso nesta quarta-feira (4) sob a acusação de estupro de vulnerável contra a própria sobrinha, de apenas 10 anos na época do crime, que culminou em uma gravidez em Guatambu. O suspeito, que também era padrinho da vítima, teria ameaçado a criança de morte para garantir seu silêncio.

A denúncia chegou à Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) no final de maio, feita pela mãe da menina. As investigações foram iniciadas após a mãe notar mudanças no comportamento e no corpo da filha, que passou a usar roupas mais largas, levantando suspeitas de que algo grave havia acontecido.

Desconfiada, a mãe submeteu a criança a um teste de gravidez, que deu positivo. Foi nesse momento que a menina, sentindo-se segura para falar, revelou os abusos sofridos.

No mesmo dia da descoberta da gravidez, a mãe buscou auxílio na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Chapecó, onde registrou a ocorrência e recebeu atendimento psicológico especializado. Exames periciais confirmaram a gestação.

De acordo com as investigações, o crime ocorreu em janeiro, quando a menina tinha 10 anos. A família passava um final de semana na casa do agressor. O tio teria invadido o quarto onde a criança dormia, a silenciou com violência e, sob graves ameaças, cometeu o estupro. Durante a agressão, ele teria intimidado a sobrinha, afirmando que mataria a mãe dela caso o segredo fosse revelado.

Em depoimento especial, a criança confirmou o crime. A polícia também apurou que o tio tentou se encontrar com a menina novamente após o estupro, com a intenção de cometer o crime mais uma vez.

Com as provas coletadas, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi localizado e detido em Guatambu. Ele também foi preso em flagrante por porte de arma de fogo irregular. O homem foi encaminhado à Polícia Científica para coleta de material genético e exame de corpo de delito, sendo posteriormente transferido ao sistema prisional, onde permanece à disposição da justiça.

A família e a vítima estão recebendo acompanhamento psicológico e social. Diante do estágio avançado da gestação, com quase trinta semanas, a interrupção da gravidez foi descartada. A decisão da família é que o recém-nascido seja entregue para adoção logo após o parto.

O crime de estupro de vulnerável é considerado hediondo pela legislação brasileira, prevendo pena de reclusão de 8 a 15 anos.

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