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Rio Negrinho: “E agora, sou filha ou mãe da minha mãe?” é tema de palestra do encontro do Grupo de Familiares e Cuidadores de Pessoas com Alzheimer, que acontece nesta quinta

RIO NEGRINHO. Nesta quinta-feira (8), às 18h30, na sede da Associação Empresarial (Acirne), acontece mais um encontro do Grupo de Cuidadores de Pessoas com Alzheimer. Os encontros são realizados mensalmente, sempre na segunda quinta-feira do mês, com o objetivo de acolher, orientar e cuidar daqueles que estão na linha de frente dos cuidados com pessoas acometidas por doenças neurodegenerativas.

O tema deste mês, “E agora, sou filha ou mãe da minha mãe?”, será conduzido pela terapeuta corporal e doula, Simone Aparecida da Cruz. O foco da conversa será o impacto emocional profundo que atinge filhos e filhas que, ao longo da progressão da doença, se veem assumindo o papel de cuidadores principais de seus pais – muitas vezes, de suas próprias mães.

“É uma inversão de papéis que gera conflitos internos. Os filhos ou filhas podem achar que não irão suportar esse peso emocional. Por isso, é fundamental buscar ajuda de profissionais, terapeutas e psicólogos. Compartilhar experiências, desabafar, trabalhar os sentimentos. Você não está sozinho, se permita buscar ajuda”, ressaltou Simone, em entrevista à reportagem aqui do Nossas Notícias.

A palestra abordará técnicas de enfrentamento e acolhimento emocional, reforçando a importância de pedir ajuda e reconhecer os próprios limites. O nome do encontro surgiu em alusão ao Mês das Mães e ao contexto vivido por muitas famílias: quando o filho se torna cuidador, muitas vezes assumindo um papel quase materno em relação à própria mãe.

“Não fomos preparados para sermos pais dos nossos pais”, destacou a profissional.

“É difícil emocionalmente, quando a mãe já não reconhece mais o filho, quando deixa de perguntar pelos netos ou de preparar aquele café de costume. O luto emocional começa mesmo antes da partida. E é aí que o cuidador precisa ainda mais de apoio.”

O grupo tem se tornado um espaço seguro de troca e fortalecimento, reunindo familiares que convivem com o Alzheimer e outras demências. A proposta é não só oferecer informações, mas criar redes de empatia e suporte mútuo.

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