
RIO NEGRINHO. No universo do desenvolvimento infantil, a ciência ABA (Análise do Comportamento Aplicada) tem se destacado como um dos principais recursos para o acompanhamento de crianças autistas. Em Rio Negrinho, Taciana de Carvalho tem dedicado sua carreira a essa área, atuando como atendente terapêutica e aplicadora ABA. Com um olhar atento para o desenvolvimento infantil e um compromisso com a inclusão, ela trabalha para estimular habilidades sociais, motoras, cognitivas e comportamentais, sempre respeitando as individualidades de cada criança.
Atualmente, no último ano da graduação em Terapia Ocupacional, Taciana percebe a necessidade urgente de ampliar o debate sobre neurodiversidade e autismo na região. “Muitas famílias ainda enfrentam dificuldades para ter acesso a informações e serviços especializados, o que pode retardar um diagnóstico e, consequentemente, o início do acompanhamento adequado”, explica. Para ela, disseminar conhecimento é essencial para garantir que cada criança receba o suporte necessário para seu pleno desenvolvimento.
A ciência já comprovou que a intervenção precoce, especialmente nos primeiros seis anos de vida, pode trazer avanços significativos em comunicação, interação social e independência funcional. “Meu trabalho busca justamente potencializar essas habilidades por meio de estratégias baseadas em evidências científicas”, afirma Taciana.
Ao Nossas Notícias, ela destaca a importância de um alinhamento entre terapia, escola e família no acompanhamento da criança. “Todos precisam falar a mesma língua e agir com o mesmo objetivo para que o desenvolvimento aconteça de forma integrada”, reforça. No entanto, Taciana observa que o conhecimento sobre a ciência ABA ainda é limitado em cidades menores. “Aqui em Rio Negrinho, quase não falamos sobre análise do comportamento e sua relevância para o tratamento de crianças autistas. ABA não é um método ou uma abordagem, é uma ciência reconhecida e validada”, ressalta.
Com paixão pelo que faz, Taciana segue empenhada em levar informações sobre ABA e neurodiversidade para mais pessoas. “Quem trabalha com autistas deveria estar utilizando ABA, pois é a ciência padrão ouro para esse acompanhamento”, conclui.