RIO NEGRINHO. Kauana Bileski, de 24 anos, moradora de Rio Negrinho, entrou em contato com a equipe do Nossas Notícias para fazer um apelo. Mãe de uma menina de apenas quatro anos, ela enfrenta desde 2022 uma batalha diária contra duas doenças crônicas graves: insuficiência renal e insuficiência cardíaca. Hoje, sem recursos financeiros e com o quadro de saúde cada vez mais delicado, Kauana pede ajuda da comunidade para seguir lutando pela própria vida.
Ela contou que tudo começou no dia 6 de junho de 2022, quando procurou atendimento médico acreditando estar com uma virose. Foi neste dia que recebeu o diagnóstico de insuficiência renal crônica em estágio avançado. Os rins já haviam entrado em falência total e não havia mais chance de reversão. Imediatamente, Kauana foi encaminhada à UTI, onde permaneceu internada por uma semana, fazendo hemodiálise em estado crítico. Durante esse período, ela sofreu duas paradas cardíacas. “Os médicos até hoje não sabem explicar como eu consegui voltar. Eles me deram choque, medicação, tudo, mas foi por Deus”, relatou.
Desde então, a jovem relatou que realiza hemodiálise três vezes por semana, com sessões de três horas cada. No entanto, a situação se agravou mais em 2023, quando precisou ser submetida a uma cirurgia para retirada da vesícula devido a cálculos. Após o procedimento, seu estado cardíaco piorou significativamente. Passou a sentir fortes dores no peito, crises de desmaio e picos de pressão altíssimos, chegando a atingir níveis de 25 por 16. Um exame de ecodoppler revelou que seu coração estava com apenas 40% da capacidade funcional e duas vezes maior que o tamanho normal, o que já comprometeu órgãos como o fígado e os pulmões.
Mesmo com o uso de diversos medicamentos receitados por um cardiologista em Rio Negrinho, Kauana disse que não apresentou melhora. Buscando alternativas, ela falou que conseguiu o contato de um especialista em Mafra, para onde se deslocou com a ajuda da mãe. Lá, recebeu um novo diagnóstico: insuficiência cardíaca crônica irreversível. “Ele me disse que o que eu tenho não tem cura. O tratamento é só para tentar não piorar. E que qualquer novo desmaio pode ser o último”, contou.
Além do enfraquecimento do coração, Kauana destaca que ainda enfrenta acúmulo de líquido no abdômen, o que dificulta a respiração e o sono. Recentemente precisou passar por uma paracentese para a retirada desse líquido.
Conforme ela disse, a condição de saúde extremamente delicada exige medicamentos contínuos e exames de alta complexidade, muitos deles não disponibilizados pelo SUS. Segundo Kauana, nenhum dos remédios que utiliza é fornecido pelo sistema público, pois, para isso, seria necessário entrar com uma ação judicial. No entanto, ela explica que enfrenta a dificuldade extra pela idade, pois a preferência é de crianças e adolescentes, e também da complexidade dos medicamentos prescritos, que não são facilmente aprovados por vias administrativas.
A jovem também disse que não possui renda fixa e está impossibilitada de trabalhar, por isso vive atualmente com a mãe e o padrasto, que fazem o possível para ajudá-la, mas não conseguem mais arcar com todos os custos. “A gente está no limite. Tenho minha filha pequena, mas mal consigo ficar com ela. Passo mais tempo internada do que em casa. Já precisei até colocar sonda para me alimentar, porque perdi muito peso e não consigo comer direito.”
Segundo relatou, a médica que a acompanha solicitou novos exames do coração e do pulmão para avaliar a possibilidade de um transplante cardíaco , única chance de estabilizar sua condição. Mas para isso, é necessário arrecadar recursos com urgência. “Criei uma vaquinha online, mas ainda não consegui nem a metade do valor que preciso. Preciso pagar os exames, as consultas e continuar com os remédios. Não tenho tempo para esperar. Se alguém puder me ajudar, mesmo com pouco, já faz toda a diferença”, encerra.
As doações podem ser feitas através do PIX da vaquinha: 5430871@vakinha.com.br