
SÃO BENTO DO SUL. No Dia Nacional da História em Quadrinhos, o Nossas Notícias traz a história de Heitor Aguiar de Oliveira, um adolescente de 13 anos, de São Bento do Sul, cuja paixão pela leitura começou desde cedo e foi amplamente incentivada por sua família e escola. Com uma mini-biblioteca repleta de livros e HQs em seu quarto, Heitor prova que a magia da leitura transcende gerações e formatos.
Desde pequeno, Heitor demonstrava interesse por livros. Segundo sua mãe, Juliana Aguiar, e seu pai, Wilson de Oliveira Neto, que conversou com o Nossas Notícias, a leitura sempre foi incentivada em casa e na escola.
“Ir à biblioteca era uma aventura para ele e um colega. Eles sempre procuravam algo novo para ler”, recorda Juliana.
A primeira HQ que fisgou o interesse de Heitor foi a clássica Turma da Mônica. Em seguida, ele mergulhou nos mundos de Tio Patinhas e Pato Donald. Com o passar dos anos, vieram obras como O Menino Maluquinho, de Ziraldo, e a inesquecível Mafalda, de Quino.
Aos 9 anos, Heitor começou a explorar novos horizontes, incluindo mangás como One Piece e Dragon Ball, além de graphic novels com temas mais complexos. Ele se apaixonou por obras ambientadas na Segunda Guerra Mundial, como Maus, de Art Spiegelman, O Diário de Anne Frank e Hitler, de Shigeru Mizuki. Recentemente, adquiriu Metamaus, continuação de sua HQ favorita, que aprofunda o processo de criação do clássico.
Além disso, Heitor também leu Persepolis e Frango com Ameixas, de Marjane Satrapi, que retratam os desafios de uma refugiada iraniana.
“Essas histórias ampliaram minha visão sobre o mundo e o impacto dos conflitos históricos”, afirma o jovem.
Preferência pelo físico
Embora tenha experimentado leituras digitais, Heitor não abre mão dos exemplares físicos, especialmente quando se trata de HQs. Inspirado pelas HQs que leu, Heitor conta que se fosse criar uma história em quadrinhos, ele gostaria de retratar a biografia de Winston Churchill, destacando a personalidade forte e os hábitos peculiares do ex-primeiro-ministro britânico.
“Se eu fosse criar uma HQ seria uma biografia de um personagem histórico e, neste momento, penso em alguém como Winston Churchill. Ele tinha uma personalidade forte e era muito caricato com seu gosto por charutos. Acredito que seria um desafio retratá-lo em HQs”, afirma.
Os pais de Heitor enfatizam a importância de incentivar a leitura sem pressão.
“Quando a leitura não for obrigatória, não force. Permita que a criança explore temas que a interessam, seja em bibliotecas ou livrarias”, sugere Juliana. Em casa, momentos de leitura compartilhados são comuns, reforçando a paixão pelo hábito.
Heitor é a prova de que a leitura, especialmente de HQs, pode moldar a visão de mundo e estimular a criatividade. No Dia Nacional da História em Quadrinhos, ele nos lembra que essas obras não são apenas entretenimento, mas também portas para conhecimento, reflexão e sonhos.


