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Rio Negrinho: Siticom estuda criação de programa de apoio à saúde mental dos trabalhadores

Clique aqui para ler sobre a ocorrência que envolveu o trabalhador em surto psicótico em uma empresa no bairro São Pedro e aqui para ler a entrevista que nossa reportagem fez com a direção da fábrica após os fatos

RIO NEGRINHO. O recente episódio registrado em uma empresa no bairro São Pedro, onde um colaborador teve um surto, vindo a atacar colegas de trabalho, reacendeu uma discussão acerca da saúde mental no ambiente de trabalho.

Em entrevista ao Nossas Notícias, Luiz Carlos Schukoski, presidente do Siticom (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário) disse que o assunto também é uma preocupação da entidade.

Segundo Luiz, os surtos em empresas acontecem com muito mais frequência do que se imagina, devido à algumas situações de pressão sobre os colaboradores, que em muitas situações já enfrentam problemas em casa e, sem orientação ou com vergonha de procurar ajuda, acabam com estresse acumulado.

Ele disse que Rio Negrinho registra números muito altos de atestados nas empresas e que vários desses casos envolvem situações de depressão.

“A grande maioria tem problema em casa e problema na empresa também”, citou o sindicalista, afirmando que o Siticom vem discutindo formas de implantar um programa de saúde mental que possa atender os colaboradores que passam por situações difíceis.

O ambiente de trabalho fica ainda mais tenso porque de acordo com o sindicalista, os empresários também vivem situações de tensão, já que precisam produzir e em muitos casos enfrentam dificuldades para entregar os pedidos devido à elevados índices de faltas e atestados e problemas de alinhamento de equipes.

“Quando não tem diálogo na empresa, quando tem assédio moral – e acontece muito isso – , o funcionário não tem como se sentir estimulado a produzir. E isso afeta os dois lados, a empresa e o trabalhador”.

Atualmente o Siticom tem mil associados, que tem dentre os benefícios consultas médicas, com psicólogos, especialistas e convênios diversos.

“Recentemente fizemos um curso em Itapema (SC), com o SESI, que tem um programa bem interessante de apoio à saúde mental nas empresas. Nosso objetivo é formatar um programa próprio do sindicato, voltado à todos os associados, além das consultas com psicólogos e terapias já ofertadas”, finalizou. LEIA TAMBÉM:

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