Texto da especialista Adiajnye Leslye, que também é colunista do portal Nossas Notícias[/caption] Meu dia precisaria ter 50h! E quem não termina algum dia da sua vida pensando assim? Você não? Entretanto, as horas continuam igualmente contadas no relógio. E por que chega ao final do ano e você tem a sensação de que o ano voou? Sensação de que sempre estamos ocupados… Mal termina um Natal, e já é Natal de novo! Se os dias não estão mais curtos, o que está acontecendo? As explicações da Ciência para esse evento Bom, existem explicações para esse evento. Cientistas, a Neurosciência e a Psicologia explicam o seguinte: você não está errado em achar que a vida está passando depressa. O tempo é de fato o mesmo, sempre, entre nascimento até morte, mas, o que acontece é que as pessoas percebem o tempo de formas diferentes. Se você está sentindo isso, o primeiro apontamento é que você está ficando velho. Dentre algumas teorias, podemos considerar que nosso cérebro e organismo não compreendem o tempo em percentagem e proporções, como seria uma primeira ideia proposta no ano de 1897. Nossa memória embora comparada com computadores, não trabalha como um computador. Ela não cataloga o que vivenciamos de acordo com o tempo, ou quanto tempo ocupou fazendo aquilo. Você nota essas diferenças? Note que às vezes, esperar uma carona parece levar uma hora, quando na verdade, foram, 10 minutos, e esse tempo comparado com um acidente por exemplo, parece que foi tudo muito rápido e não deu tempo de frear, você nota essa diferença? Um final de semana para uma criança, parece entediante. Um final de semana para um adulto, passa, e faltam horas para ser bem aproveitado. São tantas coisas para fazer, que já se planeja algo para o próximo final de semana! É possível fazer algo que pareça mais demorado, mas com o passar dos anos, se torna mais rara essa sensação. O motivo não se baseia em números, mas no fato de que você está vivendo a idade adulta. A rotina torna nossas dias mais curtos A rotina é o detalhe encarregado de tornar nossos dias mais curtos. Se você não tem dias que te surpreendam, você acaba vivendo-os sempre da mesma forma. Dorme do mesmo lado da cama, sempre virado para o mesmo lado, acorda na mesma hora, toma café da manhã da mesma forma, praticamente sempre a mesma refeição, sai de casa e se quer lembra se trancou a porta, mas sabe que trancou… O trabalho te trás os desafios comuns, e assim por diante.Os dias acabam parecendo os mesmos por que não fugiram da rotina. Em uma memória, eles se misturam, deixando a impressão de que foi tudo a mesma coisa, e que passou muito rápido. Nenhum dia se destaca, então, todos são iguais, psicológicamente tediosos. Episódios negativos em nossas vidas Um episódio negativo em nossas vidas, fica marcado e em geral, quando comentamos sobre o assunto, terminamos a frase com a fala: “Parecia que não ia acabar mais”… As pesquisas apontam que o sentimento negativo, torna a sensação de que o momento vivido é 50% mais lento se comparado com algo que faça a pessoa se sentir bem.Isso por que existe uma descarga de hormônios ligadas a fixação da nossa memória. Memórias e dopamina No caso da fixação própriamente dita, o responsável é a dopamina. E uma memória pode ser influenciada hormonalmente se for boa ou ruim, registrando isso, em sensações que influenciam o modo que sentimos o tempo passar. Fases hormonais e como assimilamos o tempo Em um desfecho que impressiona pesquisas, a forma que assimilamos o tempo, no sentido de percepção de cada um, pode ser alterado, pelas fases hormonais de uma pessoa, ou seja, você pode influenciar a forma que percebe seus dias, incentivando seu corpo a produzir três hormônios: serotonina, dopamina e endorfina. Falamos há um tempo atrás aqui no Nossas Notícias, sobre a serotonina e depressão, na ausência da serotonina, acontece a depressão Produzindo mais serotonina, dopamina e endorfina Segundo pesquisas recentes, a estratégia melhor adaptada para a produção da serotonina, é recordar de momentos felizes, como é bom rever fotografia antiga. Quanto a dopamina, além de fixar e memória, é um hormônio ligado ao sentimento de amor e prazer. E, a melhor maneira de elevar esse hormônio, além de namorar mais, é, definir metas, alcançá-las e comemorá-las, pois o cérebro também se beneficia do sentimento de conquista, direcionando o sentimento de prazer para a motivação. O sentimento de bem estar está relacionado com o hormônio endorfina. E creiam vocês, é comparado com uma morfina para o corpo, que seria uma espécie de analgesia natural. Endorfina O corpo pode ser influenciado a produzir a endorfina de algumas formas. Na alimentação, deriva de alimentos picantes. Em atividades, também podemos incitar a produção deste hormônio, nesse caso, cantar, dançar, exercitar, entre outros. Paradoxo das férias O evento que reúne todos esses sentimentos, é denominado Paradoxo das Férias que aponta uma comparação com eventos positivos. Perceba que quando estamos de férias, viajando, é algo satisfatório, que parece passar muito rápido. O segredo para “esticar” nosso tempo, é criar novas memórias! Temos que ter dias que se destaquem, dias com atividades que nos satisfaçam e proporcionem bem estar, e quanto mais fazemos isso, mais longos eles vão parecer. Na infância e adolescência, estamos cheios de primeiras vezes, novas experiências e descobertas,… é a construção de um ser. Aquele tênis desejado, aquele passeio esperado, escola nova, acampamentos, primeiro beijo, frio na barriga nos primeiros encontros, e isso tudo acontece entre os 18 e 25 anos. Quando ficamos mais velhos, já sabemos bem como vão ser as coisas, estamos em uma rotina, e isso tudo se parece comum, para todos os dias. Então, ficam algumas dicas :
- Estique seu tempo mudando sua rotina e incentivando seu organismo a produzir hormônios de bem estar
- Escove os dentes com a mão não dominante
- Aprenda um novo idioma
- Entre na aula de dança
- Experimente alimentos que nunca comeu
- Mude as coisas de lugar
- Se divirta lembrando das peripécias entre família
- Fuja da rotina!